A cidade de Meridiano, comarca de Fernandópolis, está às voltas com mais uma cassação de prefeito. Em sessão que durou cerca de 10 horas, na quinta-feira, 13, a Câmara da cidade cassou o mandato da prefeita Marcia Adriano de Lima (Avante) por improbidade administrativa apurada em Comissão Especial de Inquérito, que ficou conhecida como “CEI das Diárias”.
É uma história que se repete em Meridiano, por formas diferentes. Em 2019, o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato do então prefeito Orivaldo Rizatto (PSDB) e sua vice Márcia Adriano (PTN) por compra de voto nas eleições de 2016. Os eleitores da cidade precisaram voltar as urnas em agosto de 2019 para eleger o prefeito para mandato “tampão”. Maicon Japonês (Podemos) venceu Aristeu Baldin (PSDB) por diferença de 53 votos.
Quatro anos depois, mais um Chefe do Poder Executivo é destituído do cargo. Curiosamente, Marcia Adriano de Lima é personagem nas duas cassações (como vice em 2019 e agora prefeita). Desta vez, quem assumiu o posto é o vice-prefeito Fábio Paschoalinoto (PSDB).
A sessão de cassação da prefeita durou cerca de 10 horas com a leitura do extenso processo de mais de 1.700 páginas. A decisão foi por 6x2, no limite dos dois terços exigidos para a cassação. Pela cassação votaram os vereadores Edivan Cassio Tonelote, Rui Dias Barbosa, Juliana Lima de Miranda, Ismael Aparecido Marçal, Cleomar Faria Gonçalves, Lucio Roberto Binatti. Contra, Uelton de Paula Garcia e Benedito Franco da Costa. O vereador Alexandre Donizete Lopes deixou o plenário e não participou da votação.
Márcia Adriano (Avante) foi eleita prefeita de Meridiano em 15 de novembro de 2020 com 1.326 votos (44,59% dos votos válidos). Os outros candidatos, Agnaldo Rodrigues da Silva, popular Lindo (DEM) teve 1.155 votos (38,84%) e prefeito na época que disputava reeleição Maicon Japonês teve 493 votos (16,58%).
A prefeita Marcia Adriano de Lima que tentou, sem sucesso, suspender a sessão de julgamento da Câmara, vai buscar agora no Poder Judiciário retornar ao cargo.
MAIS UMA – Depois de Fernandópolis e Rio Preto, agora foi a vez da Câmara de Jales aprovar projeto para aumentar os subsídios dos vereadores, prefeito, vice e secretários a partir de 2025. Para os vereadores o aumento foi de 90%, passa dos atuais 5 mil para 8 mil e será de R$ 9,5 mil em 2028. O presidente da Câmara tem salário maior que os demais vereadores e vai a R$ 11,5 mil em 2028. O salário do prefeito sobe dos atuais R$ 17,8 mil para R$ 25 mil em 2025 e R$ 29,8 mil em 2028.
VETOU GATILHO – O prefeito de Rio Preto Edinho Araújo vetou parcialmente o projeto que reajusta o salário do próximo prefeito. Pela proposta aprovada o salário do prefeito será de R$ 28 mil em 2025, mas previa gatilhos de aumento anualmente, o que levaria o salário para R$ 34,7 mil em 2028. Edinho aprovou o salário, mas vetou o gatilho, alegando impacto nos cofres públicos e questionando a legalidade do escalonamento.
DIAGNÓSTICO REGIONAL – O comando macro do PT realizou encontros pela região para fazer uma análise da conjuntura, diagnóstico regional e estratégias para as eleições municipais do ano que vem. Aqui em Fernandópolis, o evento ocorreu no sábado na Câmara e reuniu a cúpula estadual do partido, capitaneada pelo presidente deputado Kiko Celeguim e figuras tradicionais do PT na cidade.
Moradores do Jardim Vitória, ao lado do recinto da Expo, respiram aliviados com a intervenção da prefeitura, após terem se queixado do abandono no programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora FM. Primeiro, roçando as dezenas de lotes baldios que estavam tomados pelo mato e, segundo, consertando a boca de lobo e a cratera que engolia parte da rua, como se pode ver na foto principal e no destaque.
A Santa Casa de Fernandópolis foi elogiada pelo presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional Raphael Ferris que esteve na cidade esta semana. Ferris disse que a Santa Casa é um dos poucos hospitais que mantém serviço de fisioterapia e terapia ocupacional 24 horas e que o modelo adotado aqui será levado para outras localidades como exemplo de atendimento disponibilizado aos pacientes. São serviços tão necessários e que muitas vezes não são encontrados em todas as regiões", afirmou o presidente.
Com a estiagem castigando a região há cerca de um mês a vegetação ornamental da praça central da cidade está sumindo por falta de irrigação. Uma judiação. Os canteiros estão na terra. A grama e a vegetação rasteira praticamente desapareceram. As plantas maiores sofrem por falta de água. Um munícipe preocupado com a degradação evidente na praça sugeriu (em tom lacônico) porque a prefeitura não adota a grama artificial de uma vez. Ficaria verde o ano inteiro e não precisaria de irrigação. A chuva de 7 mm na quinta-feira, trouxe um alivio momentâneo.
