Dois dias após sair vitorioso das urnas, o prefeito eleito André Pessuto foi recebido no gabinete do Paço Municipal pelo prefeito em exercício José Carlos Zambon. Era o primeiro passo para iniciar o governo de transição, conforme prevê lei aprovada pela Câmara e sancionada pelo Executivo. Detalhe: a lei é de autoria do vereador e hoje prefeito eleito André Pessuto. As duas partes já se entenderam. André Pessuto escalou para coordenar a transição o ex-secretário de Gestão e Desenvolvimento Sustentável de Ana Bim, Rodrigo Ortunho. A equipe ainda é formada José Cassadante Junior, João Pimenta Junior, Marcelo Nossa e João Pupim. Do lado do Executivo, Zambon nomeou o secretário de Planejamento, Daniel Tridico Arroio, a quem caberá providenciar o dados solicitados pela equipe do prefeito eleito. Pela lei de transição, o prazo para fornecimento dos dados é de 15 dias. Segundo André Pessuto, a transição começa já na segunda-feira.
A prefeita Ana Bim (PSD) retorna ao Executivo nesta segunda-feira, após o período de férias de 30 dias que tirou para se dedicar a campanha eleitoral. Neste período, José Carlos Zambon esteve à frente do Executivo.
A renovação no Legislativo de Fernandópolis pode ser olhada de dois ângulos. Um mais aberto: dos 13 vereadores do atual mandato apenas cinco voltam em 2017, ou seja, renovação de 61,5%. Entre os que não voltam estão o prefeito e vice-prefeito eleitos, André Pessuto e Gustavo Pinato respectivamente. E Valdir Pinheiro que não disputou reeleição. No ângulo mais fechado, renovação de 50%, já que foram 10 os candidatos e cinco reeleitos.
Étore Baroni (PSDB) será o vereador mais longevo do Legislativo de Fernandópolis ao término do mandato conquistado nas urnas de domingo. Será o sétimo mandato seguido, ou seja, vai totalizar 28 anos na Câmara de Fernandópolis. A sétima reeleição foi conquistada com 899 votos.
Baroni, com o novo mandato, ultrapassará os 26 anos de mandato que Maurilio Saves completará em 31 de dezembro. A primeira eleição de Saves ocorreu em 1982 para um mandato de seis anos. Depois vieram mais cinco mandatos de quatro anos. Maurilio, desta vez, ficou em 14º lugar, vitimado pelo quociente eleitoral. A coligação PRB-PSDB teve menos votos do que se esperava. O próprio presidente do PRB, Chico Arouca, perdeu mais de mil votos na eleição atual, comparada com a de 2012.
Curiosidade: cincos vereadores que votaram em 2014 pelo aumento de cadeiras no Legislativo e aumento do salário dos vereadores a partir de 2017 foram reeleitos. A decisão não impactou tanto porque em 2015 eles decidiram voltar a atrás e anular as duas votações feitas na surdina.
Já está tramitando na Câmara de Fernandópolis o projeto de lei do orçamento municipal para 2017, o primeiro ano de gestão de André Pessuto. O projeto estima receita e fixa despesa em 199 milhões de reais. A votação deve ocorrer até o final de novembro.
Saúde e Educação vão abocanhar juntas R$ 85 milhões. Para a secretaria de Infraestrutura, Habitação e Urbanismo está previsto investimento de R$ 16,1 milhões. Com orçamento engessado em gastos obrigatórios, incluindo folha de salário dos servidores, o orçamento reserva apenas R$ 5 milhões para investimentos. O orçamento já prevê recursos para pagamento de dívidas e para contingenciamento. A maior parte das receitas virão de transferências (FPM e ICMS), algo em torno de R$ 124 milhões. O restante de receitas próprias.