A campanha eleitoral já sofreu inúmeras baixas em menos de um mês. À véspera da lacração das urnas, Fernandópolis conta 130 candidatos a vereador, 4 candidatos a prefeito e seus respectivos vices, totalizando 138 candidatos. Desde que a campanha começou pelo menos oito candidatos ficaram pelo caminho. A primeira baixa foi no dia seguinte a convenção. Carlos Lima indicado como vice na chapa de Ricardo Franco renunciou a sua candidatura. Daí em diante foram mais sete baixas, todas de candidatos a vereador. Foram mais quatro renúncias e mais três candidatos indeferidos. A última renúncia, da professora Lidia Mara Buissa, foi homologada esta semana pelo juiz eleitoral. Assim a lista de candidatos que renunciaram à disputa por uma cadeira no Legislativo, por diferentes razões, ficou assim: Lídia Mara Buissa e Flávia Rezende (PSDB), Adalberto Mariano (PRB) e Antonio Fábio Caetano (PMDB). Outros três candidatos acabaram tendo registro indeferido e não recorreram e também estão fora: Cícero José Barbosa (PSC), Julia Maria Francelino Lima (DEM) e Marcos Eli de Araújo (PSDB). Assim, devem ser incluídos nas urnas de Fernandópolis uma lista com 130 candidatos a vereador, na disputa pelas 13 vagas, média de 10 candidatos por vaga.
O candidato a vereador Murilo Jacob do PR está no páreo. Indeferido na primeira instância, recorreu e já obteve parecer favorável da Procuradoria Regional Eleitoral ao seu recurso e aguarda agora o julgamento com expectativa de que o registro será deferido pelo TRE. De qualquer forma seu nome foi inserido na lista de candidatos que vai abastecer as urnas eletrônicas das seções eleitorais em Fernandópolis.
Um cruzamento de dados entre o cadastro de beneficiários de programas sociais do Governo Federal e o sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou que R$ 15,9 milhões foram doados a candidatos e partidos políticos nas eleições deste ano por beneficiários do Bolsa Família. De acordo com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, ou essa pessoa não poderia estar recebendo o Bolsa família ou está ocorrendo o chamado “aluguel de CPF” para justificar ingresso de recurso de caixa 2 em campanhas eleitorais.
Desde sábado (17), nenhum candidato às eleições municipais marcadas para 2 de outubro pode ser detido ou preso, a não ser que seja pego em flagrante cometendo crime. A medida de proteção é garantida pelo Código Eleitoral e serve para que autoridades policiais ou judiciais não cometam abusos na tentativa de interferir na disputa pelo voto. Entre os casos que permitem a prisão em flagrante estão incluídos os crimes eleitorais, como a compra de votos.
Quatro anos após deixar a prefeitura, Vilar ainda tem sua administração julgada pelo Legislativo de Fernandópolis. Na última sessão, o ex-prefeito, após diversos recursos ao Tribunal de Contas, viu suas contas relativas a 2012 serem rejeitadas pelos vereadores, de forma unânime, seguindo o parecer técnico do TCE. Em recente decisão, o STF decidiu que só poderão ser considerados inelegíveis com base na Lei da Ficha Limpa os prefeitos e ex-prefeitos que tiverem contas rejeitadas pelos legislativos locais, e não apenas pelas chamadas cortes de contas. É o caso agora de Vilar.
Dois eventos na segunda-feira, 19, celebraram conquistas na área do poder Judiciário. Em Ouroeste, a festa foi para a Independência Judiciária da cidade, que adquire status de comarca, desligando-se de Fernandópolis. A comarca de Ouroeste é formada pela sede, mais Guarani d´Oeste e Indiaporã. À comarca de Fernandópolis permanecem os municípios de Meridiano, Pedranópolis e Macedônia. A outra celebração ocorreu no Fórum de Fernandópolis marcou a elevação da comarca de Fernandópolis a Entrância Final. O ato comandado pelo juiz diretor do Fórum de Fernandópolis, Heitor Katsumi Miura, contou com a participação dos deputados Itamar Borges, Fausto Pinato, do prefeito em exercício José Carlos Zambon, do presidente da Câmara André Pessuto, além de autoridades representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Ordem dos Advogados do Brasil.
