Do espetáculo colorido no céu de Fernandópolis à tragédia no sul: governo já fala em regulamentar o balonismo

20 de Agosto de 2025

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Do espetáculo colorido no céu de Fernandópolis à tragédia no sul: governo já fala em regulamentar o balonismo

A imagem dos balões coloridos no céu de Fernandópolis ainda estão presentes na memória dos fernandopolenses. Eles marcaram as festividades do aniversário da cidade por três anos. Foram edições realizadas em 2018, 2022 e 2023, quando a cidade sediou etapa do Festival  de Balonismo organizado pela Prefeitura. 

O espetáculo que coloriu o céu de Fernandópolis por três anos,  atraiu a população para acompanhar as diferentes provas e também estimulou o espirito de aventura de muitos fernandopolenses que não perderam a oportunidade para realizar o sonho do passeios em balões coloridos.

A lembrança da aventura no céu de Fernandópolis foi substituída por um frio na espinha nos últimos dias. As duas tragédias com balões no espaço de uma semana provocaram comoção nacional e já abrem debate sobre a regulamentação desse chamado turismo de aventura.

O primeiro acidente ocorreu durante a comemoração do último Dia dos Namorados em Boituva (SP), cidade comparada com a Capadócia, na Turquia. Um balão com 33 passageiros caiu durante um voo em Capela do Alto, deixando uma mulher morta e 11 pessoas feridas.

No último sábado, 21, a queda de um balão que pegou fogo no ar e caiu enquanto realizava um passeio turístico com 21 pessoas a bordo na cidade de Praia Grande, em Santa Catarina, chocou os brasileiros. Oito pessoas morreram na tragédia, carbonizadas ou ao pular para fugir das chamas.

O Ministério do Turismo informou por meio de nota que pretende avançar nesta semana, em reunião com entidades interessadas na regulamentação da exploração do balonismo para fins turístico no país.

“A expectativa é que, já na próxima semana, haja um avanço significativo nesse processo, em decorrência de uma reunião com entidades envolvidas no tema”, informou a pasta, que disse discutir o assunto desde o início do ano. Hoje, o balonismo é praticado no Brasil como “atividade aerodesportiva”, esclareceu a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Portanto, os voos de balão são feitos “por conta e risco dos envolvidos”. Não existe no país, por exemplo, nenhuma habilitação técnica para pilotos de balão de ar quente nem certificação para atestar segurança das aeronaves.

Segundo o ministério, o objetivo do governo é fazer com que o país “possua uma regulamentação específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, visando garantir a segurança dos praticantes e impulsionar o desenvolvimento desse segmento no Brasil”.

Balão pegou fogo durante voo  com 21 pessoas à bordo: 8 morreram na tragédia em Santa Catarina