Na semana decisiva para escolher os candidatos a prefeito que vão disputar a cadeira preta do Paço Municipal em outubro, Fernandópolis poderá repetir uma tradição ou quebrar tabus. Desde que virou município, a cidade já realizou 16 eleições para escolher prefeitos, vice-prefeito e vereadores. O número de candidatos mais repetido historicamente foi o de três postulantes.
Levantamento das eleições municipais em Fernandópolis mostram que, se das convenções no decorrer da próxima semana, saírem três candidatos, como é provável, a cidade vai repetir uma tradição de 16 anos. Todas as eleições dos anos 2000 (2000, 2004, 2008 e 2012) foram disputadas por três candidatos.
Caso os grupos políticos que ainda negociam entre si, decidam por acordo mais amplo e apontem dois candidatos, será quebrado um tabu de 44 anos. A última eleição com dois candidatos ocorreu em 1972, vencida por Antenor Ferrari na disputa com Newton Camargo, ambos já falecidos. O maior número de disputas com dois postulantes ocorreu entre as décadas de 50 e 60. Foram quatro disputas que acirraram o antagonismo político.
Se preferir apostar na tradição dos anos 80 e 90, o que é pouco provável, os partidos poderão lançar mais de quatro candidatos. Nestas décadas, as eleições de 82, 88, 92, 96 e 98 foram disputadas por 23 candidatos. O recorde ocorreu nas eleições de 1982, com oito candidatos, seguido pela de 92 com sete.
Na história eleitoral de Fernandópolis também existem outros tabus a serem superados. A cidade nunca repetiu um prefeito por três mandatos e negou a todos os postulantes o direito à reeleição. Armando Farinazzo, Ana Bim e Luiz Vilar, tentaram o segundo mandato seguido e perderam. Apenas Edison Rolim, Milton Leão e Luiz Vilar conseguiram um segundo mandato. Ana Bim, na verdade, completou um mandato que era de Rui Okuma e agora está completando seu primeiro mandato como prefeita eleita. Se disputar a reeleição, como é provável, e vencer, quebrará o segundo tabu: foi a primeira mulher a conquistar cadeira no Legislativo e seria a primeira reeleita como prefeita. Como diz o ditado, tabus foram feitos para serem quebrados, ou, serem mantidos. A história é que dirá desse novo capítulo eleitoral.