Entre as principais cidades da região, Fernandópolis e Catanduva foram as únicas a registrarem desempenho positivo na geração de empregos no mês de junho, fechando o primeiro semestre do ano. Apesar de contabilizar três meses com desempenho positivo no semestre, Fernandópolis perdeu no período 74 postos de trabalho, situação menos grave se comparada a outras cidades da região.
Os números são do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados esta semana pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Entre janeiro e junho deste ano, Fernandópolis registrou 3.274 admissões com carteira assinada e 3.348 demissões. Junho, no entanto, apresentou desempenho positivo com a contratação de 418 trabalhadores e a demissão de 399, saldo positivo de 19 postos de trabalho.
O desempenho positivo foi puxado pela indústria de transformação, construção civil e serviços, que geraram mais empregos. Os piores desempenhos ficaram para agropecuária, comércio e serviço industrial de utilidade pública.
Esse número contrasta com o desempenho de junho de 2015 que registrou um quadro caótico, com o fechamento de 153 postos de trabalho. Foram 507 admissões e 660 demissões.
No semestre, Fernandópolis registrou o pior desempenho em janeiro, quando fechou 225 postos de trabalho. Após dois meses seguidos no vermelho, a cidade recuperou parte dos empregos, em março e abril, voltando a ficar negativo em maio e recuperando em junho.
No período de 12 meses, foram demitidos 842 trabalhadores em Fernandópolis. No período foram 6.121 contratações e 6.923 demissões. Isso ainda é reflexo do agravamento da crise econômica a partir do segundo semestre de 2015 e que continuou neste primeiro semestre.
Para economistas, os sinais da recuperação de confiança do empresariado já começam a aparecer e há previsão de melhoras no emprego neste segundo semestre.
Na região, a situação é pior em outras cidades. São José do Rio Preto, por exemplo, fechou em junho 957 postos de trabalho, acumulando no semestre 2.912 trabalhadores desempregados e nos últimos 12 meses, 6.392. Em Votuporanga, a crise colocou na rua 576 trabalhadores no semestre e 922 no curso de um ano.