Na primeira quinzena deste mês um menino de sete anos morreu após ser picado por um escorpião. O acidente ocorreu em Barbosa, região de Birigui. Bruno Henrique Lima dos Santos, 7 anos, estava brincando quando foi picado na mão por um escorpião de cor amarela.
Acidentes com escorpiões são comuns na área urbana e rural. Em Fernandópolis, nos primeiros seis meses do ano foram registrados 109 ataques de escorpiões, média de 18 acidentes por mês. Na comparação com o ano passado houve aumento de casos. No ano passado inteiro, foram 149 casos, média de 12 por mês. Felizmente, todos os casos de Fernandópolis evoluíram para a cura. Os números foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde a pedido do CIDADÃO.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis esclareceu que “não tem programa específico para o combate de animais peçonhentos, porém, a equipe de Vigilância em Saúde está preparada para fornecer orientações sobre a prevenção e os procedimentos a serem adotados quando da ocorrência do caso. O Centro de Controle de Zoonoses também está apto a fornecer informações aos munícipes pelo telefone (17) 3462-3341”.
Os acidentes escorpiônicos estão distribuídos pelos bairros da cidade. A urbanização é apontada como um fator de desequilíbrio ecológico que aumenta a incidência desses animais peçonhentos. O escorpião amarelo é tipo mais frequente encontrado na cidade e região.
Os escorpiões são animais de hábitos noturnos que, em regra, se escondem abrigados da luz, sob pedras, entulhos, lenha, material de construção, encanamentos, dentro de calçados e roupas, no interior das casas e em seus arredores. São carnívoros. Alimentam-se de insetos, como cupins, grilos e baratas (especialmente), mas podem sobreviver longos períodos sem comida e sem água. Algumas medidas preventivas evitam acidentes com os escorpiões, entre elas, o vedamento de ralos, caixas de gordura, tanques e soleiras de portas.
Os sintomas após ataque de escorpião, principalmente, são dor intensa no local da picada, além de um efeito excitatório do sistema nervoso (central e vegetativo), com suores e taquicardia. Em seguida ocorre uma fase depressiva com prostração geral, ataques de dispinéia, cegueira e, se não socorrida a tempo, morte por asfixia.
Além de escorpiões, a Saúde registrou acidentes com outros animais peçonhentos este ano. Foram 10 casos com aranhas, 3 de serpentes, 14 de abelhas e 8 casos apontados como “outros” ou “ignorados”. Total de casos neste ano: 144. Durante todo o ano de 2015, também foram registrados 20 acidentes com aranhas, 2 com serpentes, 21 com abelhas e 7 sem especificação, totalizando 199 casos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todos os casos de acidentes com animais peçonhentos devem ser encaminhados para a Santa Casa de Fernandópolis, onde funciona o ponto estratégico para dispensação de soros específicos para cada acidente com esse tipo de animal. “Esse ponto estratégico é abastecido pela Secretaria Municipal de Saúde que recebe os soros do Grupo de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo”.
