Reforma do antigo Paço segue engavetada, agora por conta da crise

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

Reforma do antigo Paço segue engavetada, agora por conta da crise

Anunciada com pompa logo no primeiro ano de mandato pela prefeita Ana Bim, a reforma do prédio do antigo Paço Municipal da Rua São Paulo, não saiu do papel. Agora a justificativa é a crise econômica que provocou queda de receita e obrigou a administração a priorizar os gastos. 
Em 2013, a prefeitura transferiu todos os órgãos que ainda funcionavam no antigo Paço, casos da Secretaria de Trânsito, Procon e Incra. Desocupado, o prédio passou por uma limpeza inicial como preparativo para a reforma que nunca começou. A estimativa na época era investir cerca de R$ 300 mil. O prédio ganharia acessibilidade, banheiro para deficientes físicos e elevador e seria refeita toda a parte elétrica e hidráulica e além de nova pintura e cobertura metálica. A reforma seria feita com recursos próprios. 
Neste período a prefeitura trocou quatro vezes o secretário de Obras (Mário Amicuci, Sebastião Besteti, Carlos Eduardo Medrado e atualmente Osmar Guirelli). A própria secretaria ganhou nova denominação com a incorporação da pasta da Infraestrutura Urbana. Com a reforma do prédio, a prefeitura informava que poderia se livrar do grande número de alugueis que bancava mensalmente para acomodar órgãos públicos. 
Em 2014, a administração justificava que estava investindo recursos na reforma do prédio do Poupatempo e com isso as obras do antigo Paço precisaram ser adiadas até que houvesse recursos suficientes para dar continuidade ao projeto.
Em 2015, o jornal CIDADÃO  apontava em reportagem que a prefeitura bancava quase R$ 100 mil em aluguéis, enquanto o prédio da Rua São Paulo com seus três andares permanecia fechado, sem a reforma prometida. 
Um ano depois, não há perspectiva do projeto de reforma do antigo Paço sair do papel. Questionada, a prefeitura respondeu ao CIDADÃO. “A prefeitura elaborou projeto de reforma para os dois prédios, e até realizou limpeza nos locais para receber as obras que seriam realizadas com recursos próprios, porém, com a crise econômica do país vieram os cortes nos orçamentos (Federal/Estadual) e consequentemente as quedas dos repasses e a necessidade não só de priorizar gastos (remédios, alimentação escolar, assistência social, pagamento de funcionários e outros), como de suprir situações afetadas por essas quedas, o que não permitiu que os serviços fossem realizados até o momento. Ou seja, o município está cobrindo diversas áreas que antes recebiam repasses (Federal/Estadual) com recursos próprios por considerar que são de extrema importância, o que inviabiliza o andamento de obras que seriam executadas com tais recursos”, aponta a nota. Sobre a ocupação do prédio, a administração diz que está sendo estudado. 
A resposta vale também para a anunciada reforma do prédio do antigo Centro Comunitário do Jardim do Trevo que a prefeitura tem intenção de abrigar a sede do CRAS. Neste caso, os vizinhos ao prédio reclamam do descaso da prefeitura. Além do prédio deteriorado pelo vandalismo, o mato e entulho tomam conta da calçada.