Além da H1N1, médico alerta para dengue, zika e chikungunya

20 de Agosto de 2025

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Além da H1N1, médico alerta para dengue, zika e chikungunya

Em meio ao pânico que a gripe suína (H1N1) ainda provoca na população, o médico infectologista do Cadip, Márcio Gagini fez um alerta sobre a epidemia de doenças que anda tirando o sono da população. Não bastasse a dengue de todos os anos e a H1N1, agora reforçam o medo na população doenças como a zika vírus e chickungunya. “Infelizmente estamos vivendo um momento muito complicado principalmente na minha especialidade (infectologia) com essas doenças aparecendo na mesma época”, diz o médico.

É no  Cadip – Centro de Atendimento às Doenças Infecto-Parasitárias,  que todas essas doenças são atendidas. O médico Márcio Gagini faz uma observação em relação à essas doenças:  “A mais preocupante de todas (doenças), se formos pensar em letalidade e o que a gente viveu no passado é a dengue com quatro sorotipos (sorotipos 1, 2,3 e 4). A gripe H1N1 preocupa bastante, principalmente os casos mais graves na população que tem o fator de risco. No caso da zika, a preocupação fundamental  é com a gestante e crianças que nascem com a microcefalia. E de todas, a que dá menos letalidade é a chikungunya, mas que infelizmente apresenta uma sequela da dor articular por meses”.

VACINAÇÃO

Embora manifeste preocupação com a gripe suína para o qual há vacina (a campanha começa no dia 30 nas Unidades de Saúde para os grupos de risco), Gagini lembra que para as três outras doenças, não há vacinas e todas são transmitidas pelo mesmo vetor: o mosquito aedes aegypti. Segundo o médico é importante reforçar o combate ao mosquito. “Assim, estaremos combatendo três doenças ao mesmo tempo. Não é alarmar, mas além dessas três doenças existem outras doenças virais que são transmitidas por esse mesmo mosquito. Se não combatermos o aedes vamos conviver com diferentes epidemias, uma atrás da outra”, alertou.

O médico apontou ainda que a zika e chikunguya ainda não chegaram por aqui. “Mas isso não dá para afastar que já tenha algum caso na cidade. Pode aparecer algum caso que é muito sugestivo de zika, mas infelizmente não entra no critério para a gente solicitar o exame para confirmar a doença. O exame só é feito em casos mais graves que são os pacientes que apresentam uma alteração neurológica, que consiste na perda das forças das pernas e braços, e nos casos das gestantes e das crianças que nascem com microcefalia”, explicou.

No caso de todas as doenças que assustam a população, o médico orientou: “O melhor é ter calma, menos pânico, para a superarmos isso. Em relação a H1N1 é evitar lugares com grande aglomeração de pessoas, deixar os locais bem ventilados. As pessoas que têm o fator de risco devem procurar a partir do final do mês tomar a vacina. Já em relação as outras três patologias, dengue, zika e chikungunya, é combater o mosquito aedes aegypti e aí depende de todos, no dia a dia, eliminando os criadouros”.