Sabesp anuncia R$ 6 milhões para perfuração do Poção V

20 de Agosto de 2025

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Sabesp anuncia R$ 6 milhões para perfuração do Poção V

Durante a comemoração da Semana Mundial da Água, a Sabesp, empresa responsável pelo sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto de Fernandópolis, anunciou que já tem projeto pronto e vai investir cerca de R$ 6 milhões para a perfuração do Poção V, que já tem localização prevista em área ao lado do Parque Universitário e margem esquerda do ribeirão Santa Rita. 
De acordo com o gerente divisional da Sabesp, Antônio Carlos Oliveira, essa região da cidade foi a que mais cresceu nos últimos anos e está distante do centro de reservação da Avenida da Saudade. “Esse poção tem localização estratégica para atender a demanda dessa região. O projeto prevê a perfuração do Poção V,  estação de resfriamento, já que a água jorra a 59 graus, mais a estação elevatória e adutora. A sobra da água, após atender a demanda da região, será recalcada para o centro de reservação da Avenida da Saudade”, explicou.  
A perfuração do Poção na zona sul atende o projeto de descentralização do sistema de abastecimento da Sabesp. No ano passado entrou em operação o sistema de abastecimento da zona norte, que recebe água do Poção IV, perfurado ao lado da represa na Avenida Augusto Cavalin. No bairro Jardim Paraiso, a empresa construiu sistema de reservação para 1,1 milhão de litros, além de reservatório elevado para 150 m3, o que possibilita garantir o atendimento de toda a região, incluindo os novos loteamentos lançados na região. 
O primeiro poço profundo de Fernandópolis foi perfurado na década de 70, quando era prefeito Antenor Ferrari. Foi nesta época que a Sabesp assumiu o serviço de abastecimento de água da cidade resolvendo a crise que a cidade enfrentava nesta área. 
AQUÍFERO GUARANI
Toda a água que abastece a população de Fernandópolis é retirada do aquífero Guarani, considerado a segunda maior caixa d´água subterrânea do Planeta. Apesar disso, o aquífero, devido sua superexploração já dá sinais de rebaixamento, o que preocupa os técnicos. 
“Temos percebido nos poções em Fernandópolis um rebaixamento do aquífero ao longo de todos os anos. Você acaba muitas vezes tendo que rebaixar o adutor para captar água em maior profundidade. Existe essa preocupação. Nas regiões onde ele aflora, casos de Ribeirão Preto e Botocatu, os poços lá antes captavam água em pequena profundidade e hoje já há necessidade de perfurar poços com 100 ou 150 metros”, apontou Oliveira.
Segundo ele, o Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado já faz monitoramento do aquífero  e a própria Nações Unidas tem disponibilizado recursos para estudos e monitoramento com objetivo de proteger o aquífero e  controlar a super exploração. Já se admite maior rigor na emissão de outorgas para exploração de águas profundas. 
Apesar de o nível ter rebaixado, o gerente Divisional aponta que o sistema de abastecimento de água em Fernandópolis consegue manter a vazão suficiente para atender toda a demanda de consumo.