Novo dirigente assume com proposta de diálogo e gestão técnica

20 de Agosto de 2025

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Novo dirigente assume com proposta de diálogo e gestão técnica

A portaria do governo do Estado nomeando o novo Dirigente Regional de Ensino de Fernandópolis, cargo que estava vago desde a exoneração de Adélia Menezes da Silva, há dois anos, surpreendeu os meios educacionais da cidade e região. A expectativa de que o governo nomeasse um fernandopolense caiu por terra na terça-feira, quando o Diário Oficial do Estado publicou a portaria com a nomeação de Cândido José dos Santos, que ocupava o mesmo cargo na Diretoria de Ensino de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, distante cerca de 800 km.
Entre a exoneração de Adélia Menezes da Silva e a nomeação de Cândido José dos Santos nesta semana, o cargo de dirigente foi ocupado por Jorge Segae, uma espécie de interventor na Diretoria de Ensino durante esse período pós-denúncias que resultaram na deflagração da Operação “Bolsa Fantasma” da Polícia Federal que chegou a fazer apreensões na Diretoria de Ensino. 
O professor Cândido José dos Santos, 45 anos, tomou posse no cargo, ocupando o gabinete no prédio da Diretoria de Ensino ao lado da Escola Libero de Almeida Silvares, no mesmo dia da publicação da portaria de nomeação no Diário Oficial. 
“Recebi a nomeação com muita alegria. É um novo desafio. Sou professor da Rede Estadual há 24 anos, tendo atuado como professor coordenador, vice diretor, diretor, assessor técnico de Gabinete e dirigente Regional de Ensino. Sempre trabalhei com a perspectiva de Rede e esta engloba todo o Estado de São Paulo. Chego disposto a colaborar com os educadores dos 15 municípios vinculados a essa Diretoria”, disse na chegada. Ele garantiu que vai visitar todas as 25 unidades escolares vinculadas a DE e conversar com os educadores.
Santos admitiu que a decisão do governo em transferi-lo de Guaratinguetá para Fernandópolis possa ter o viés de despolitizar a nomeação de novo dirigente para a Diretoria Regional de Ensino. “Sou técnico, não sou ligado a nenhum meio político. Sei que a política tem sua influência e estou aberto ao diálogo com todos, inclusive a classe política”, garantiu. 
“Pretendo fazer uma gestão compartilhada, baseada no diálogo, para que possamos prosseguir o trabalho que vêm sendo feito pelos educadores de Fernandópolis e região, visando sempre o melhor para os nossos alunos, ator principal de nossa rede e razão de todo o nosso trabalho”, enfatizou, lembrando que a DE de Fernandópolis está entre as 10 melhores do Estado nos índices educacionais.
Sobre a investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal de supostas irregularidades no programa Bolsa Escola da Família, que acabou dando origem a Operação Bolsa Fantasma em 2013, o novo dirigente revelou ter tomado ciência dos fatos quando ainda era assessor de gabinete do Secretário Estadual da Educação. “A situação está sob investigação e temos que esperar uma resposta da Justiça para a sociedade. A nossa gestão será técnica com o objetivo de evitar que ocorram irregularidades”.