O comerciante Gilmar Fúria Gavioli assume no dia 11 a presidência da Casa de Portugal. Foi eleito por aclamação e vai substituir Carlos Pires, que comandou o tradicional “Clube da Colina” por mais de uma década. Gavioli diz que é uma “grande missão”, mas adianta que conta com uma forte equipe de diretores e empresários de sucesso e pessoas com grande credibilidade para tocar a nova gestão. “Juntos, em harmonia, esperamos concretizar grandes realizações”, afirma. Ele ressalta que o foco é aumentar a arrecadação do clube para investir em melhoria e, para isso, já projeta planos para resgatar antigos sócios e investir no chamado “sócio universitário” abrindo espaço para os estudantes universitários. Com a experiência de ter tocado a Diretoria Social por vários anos, Gilmar Gavioli aposta no resgate de grandes eventos sociais e aponta que os grandes carnavais e bailes na Casa de Portugal não são coisa do passado. Ao projetar novidades para a nova gestão, Gavioli diz o que associado pode esperar do novo presidente da Casa de Portugal: “Muita dedicação e coragem para tomar as decisões que são necessárias”:
O senhor foi eleito por aclamação presidente da Casa de Portugal. Qual o tamanho do desafio que assume a partir de 11 de março?
Estamos cientes que será uma grande missão, pois teremos que implementar mudanças e readequar alguns departamentos do clube. Para isto, “montamos” uma grande equipe de diretores, empresários de sucesso e pessoas que gozam de uma enorme credibilidade na cidade. Juntos, em harmonia, esperamos concretizar grandes realizações. Só que isto terá que ser feito gradativamente, com muita cautela e equilíbrio.
Qual será o foco em sua gestão?
A promoção de eventos para gerar receitas. Queremos fazer uma parceria com todos os clubes de serviço, maçonarias, entidades, para que se evite confrontar datas. O ano passado teve na cidade, três jantares dançantes dentro do próprio mês. Isto não pode ocorrer mais. Faremos, digamos assim, um calendário social anual. Pretendemos nos reunir com a FEF e a Unicastelo e criarmos um projeto que poderemos denominar de “Sócio Universitário”. E também a captação de novos sócios e o resgate dos antigos, que deram baixas nos seus títulos. Temos que aumentar a nossa arrecadação.
A experiência que acumulou de vários mandatos como diretor do clube desde 1996 vai ajudar na sua gestão como presidente?
Sem dúvida. A Diretoria Social é o único departamento que gera receita, pois é através dos eventos promovidos que se obtém dinheiro para o caixa do clube. Fizemos grandes carnavais, grandes bailes, como o do Hawai, a tradicional “Noite Portuguesa” com a nossa famosa “bacalhoada” que ficaram marcadas na história... E tivemos sorte de ter realizado, em março de 1999, um grande show com o Bruno & Marrone, que estava em início de carreira. Eu brinco com os amigos, que foi a partir deste show na Casa de Portugal que eles ficaram famosos... rsrs
O tênis é hoje o carro chefe da Casa de Portugal, exatamente por possuir uma estrutura que coloca o clube em condições de sediar grandes eventos. Há espaço para crescer mais nesta modalidade? E em outras modalidades, o que pode ser feito?
O nosso diretor de tênis, Aer Trindade, goza de um excelente relacionamento com a Federação Paulista de Tênis, o que coloca o clube numa condição especial e privilegiada. Então temos que aproveitar para trazer para nossa Casa, grandes eventos. No futebol pretendemos fazer uma “cópia” da COPASASP, evento tradicional, e de muito sucesso, que criamos em Fernandópolis. Será a “Copa das Torcidas”, competição entre os sócios (torcedores) das quatro maiores torcidas do estado (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo).
Qual a avaliação que o senhor faz da estrutura do clube neste momento? O que seria mais urgente investir?
A estrutura do nosso clube é muito boa. O patrimônio da Casa de Portugal é maravilhoso, histórico, tem uma localização excepcional e tem um valor incalculável. Mas como toda empresa ou casa, temos que sempre estar reformando, atualizando, modernizando suas instalações. Penso que o “Estacionamento”, o “Salão Social” e a “Portaria” são os setores que mais necessitam de investimento e melhorias neste momento.
A Casa de Portugal dos grandes carnavais, bailes e eventos é coisa do passado?
Não. Muita coisa está mudando. As pessoas, principalmente os casais, já estão com saudades daquele tempo, onde se divertia muito nos salões, e era muito comum as mesas serem ocupadas pelo pai, mãe e filhos. Iremos estudar, juntamente com toda a nossa Diretoria, principalmente o Departamento Social, a possibilidade de resgatar estes eventos sim. “Carnaval Familiar”, “Lual da Casa de Portugal”, nas bordas das piscinas, são alguns dos nossos propósitos.
Qual foi a causa, em sua opinião, que levou clubes da região a fecharem as portas? E por que a Casa de Portugal consegue se manter nesse cenário?
A falta de público em eventos, a baixa frequência de associados e a inadimplência são os fatores principais. Muita gente construiu piscina em casa ou no rancho. Empresas fundaram seus grêmios, com campos de futebol e atividades de lazer. Isto tirou os sócios dos clubes. Porém, a Casa de Portugal sempre esteve nas mãos de pessoas do bem. Vejam, por exemplo, o Sr. Carlos Pires, que presidiu o clube, com muita dignidade e honestidade, por 9 mandados consecutivos. Foram 18 anos de muito trabalho. Sem dúvida, nós temos que “tirar o chapéu” para ele...
O que o associado pode esperar do novo presidente?
Muita dedicação e coragem para tomar as decisões que são necessárias. Toda troca de comando sempre gera uma expectativa muito grande nos associados. Tenho muita coisa em mente, mas não quero fazer promessas. Só peço a Deus que ele nos ilumine, para que as nossas metas sejam atingidas e que os acertos sejam maiores que os erros...