A 45ª edição do Horário de Verão, que se encerra meia noite deste sábado para domingo, representa um alívio para boa parcela da população, principalmente estudantes que estavam chegando à escola ainda no escuro (veja matéria abaixo). O período, que também foi pródigo em chuvas, representa um alívio para a produção de energia. A Usina de Água Vermelha em nossa região, que chegou ao quadro crítico de apenas 12% do volume útil em 2014, atingiu esta semana a marca de 95,65%, segundo a AES em nota ao CIDADÃO.
Enquanto os fernandopolenses se preparam para voltar ao horário tradicional, a Elektro, empresa distribuidora de energia em 228 cidades dos estados de São Paulo, incluindo a região, e Mato Grosso do Sul, anuncia uma economia da ordem de 29,6 GWh de energia, suficiente para abastecer uma cidade como Fernandópolis por 86 dias. No chamado horário de pico, a redução foi de 4,6% na demanda de energia. Segundo a empresa, com essa redução, ocorreu melhoria na qualidade e maior segurança no fornecimento de energia elétrica
“Outro benefício verificado com o horário de verão é a queda na demanda máxima do sistema elétrico no horário de pico, que compreende as primeiras horas do anoitecer (das 18h às 21h). Isso alivia o carregamento dos sistemas de transmissão e distribuição de energia, principalmente nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, onde o consumo é mais elevado”, apontou a Elektro em nota.
USINA ABRE COMPORTAS
A AES Tietê, responsável pela operação da Usina de Água Vermelha em Ouroeste, confirmou esta semana teve a hidrelétrica teve as comportas abertas e fechadas duas vezes para controle do nível do reservatório. O procedimento é considerado normal para empresa, mas em função da crise hídrica, a operação havia muito tempo sido suspensa.
De acordo com a AES, o nível do reservatório de Água Vermelha atingiu o volume útil de 95,65%. Em fevereiro do ano passado o nível do reservatório estava em 21% e em 2014, 27%.
Segundo a empresa, durante o cenário hidrológico restritivo dos últimos anos, a Usina Hidrelétrica de Água Vermelha continuou gerando energia, mas em menor quantidade. O nível do reservatório chegou ao seu ponto critico em setembro de 2014, quando atingiu 12% do volume útil.
Em nota ao CIDADÃO, a AES Tietê ressaltou que a geração de energia, em todas as suas usinas, é realizada de acordo com o que é definido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que considera os efeitos no uso múltiplo dos reservatórios e a demanda do Sistema Interligado (SIN).