- (Matéria atualizada) -O vereador Murilo Jacob (MDB) cobrou nesta terça-feira, 8, durante pronunciamento na tribuna da Câmara o afastamento de professora da rede municipal de ensino de Fernandópolis que está sendo investigada em inquérito na Delegacia de Defesa da Mulher e sindicância na prefeitura, por crime de racismo. O caso ocorreu na Escola Municipal José Gaspar Ruas.
“É inadmissível que a professora continue em sala de aula após a abertura da sindicância em 19 de maio”, cobrou Jacob. Segundo ele, caso a Secretaria Municipal de Educação não afaste a professora levará o caso para o Ministério Público. Ele direcionou o pedido ao prefeito André Pessuto para que tome providências para tirar a professora da sala de aula até a conclusão das investigações. "Coloque ela no serviço administrativo, o que não pode é o caso ser tratado como uma banalidade", disse. Segundo ele, enquanto a professora segue na sala de aula, a aluna vítima de racismo fica isolada na biblioteca. Relatou que a criança já passa por atendimento psicológico e que o caso chegou até ele pela mãe da menina que está indignada com o fato da professora permanecer em sala de aula.
O vereador chegou a apresentar áudio de uma criança relatando como a professora se referia a aluna de 8 anos em sala de aula, com expressões como “neguinha, pretinha e moreninha”. O caso foi denunciado inicialmente na DDM em abril onde foi aberto inquérito para investigação.
NOTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
A Secretaria Municipal de Educação se manifestou sobre o episódio da investigação através de nota distribuida pela Secom - Secretaria de Comunicação. Leia na integra:
"A Secretaria Municipal de Educação informa que foi aberta uma sindicância e que ela encontra-se em andamento. A professora citada não é titular da sala da denunciante, e sim, professora de apoio da escola. A Secretaria irá tomar as medidas cabíveis assim quando concluída a apuração dos fatos. Porém, no decorrer do processo, caso exista a necessidade do afastamento ele será efetuado".
