Alunos da ETEC realizam projeto voltado à inclusão da pessoa com deficiência

20 de Agosto de 2025

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Alunos da ETEC realizam projeto voltado à inclusão da pessoa com deficiência

Os alunos do 2º Ano do Ensino Médio com Itinerário Formativo em Linguagens, Ciências Humanas e Sociais da Etec Professor Armando José Farinazzo iniciaram no primeiro semestre de 2022 o projeto “Entre Cores e Valores, da saúde à inclusão”, que foi concluído na quarta-feira, 28, com a apresentação do resultado final aos representantes da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, ADVF – Associação dos Deficientes Visuais – e APADAF – Associação dos Portadores de Deficiência Auditiva.
No decorrer do primeiro bimestre de 2022, os professores João Passeti, Suzimara, Elaine Siqueira e Jéssica Uliana abordaram com os alunos o tema “Saúde”. Foram realizadas discussões, pesquisas e a criação de um portfólio, aonde os estudantes colocaram em prática conceitos referentes à saúde intelectual, saúde social, saúde física e saúde mental. Segundo os professores, os conceitos geraram reflexões sobre as deficiências e maneiras de oportunizar a inclusão.
Após a reflexão, os alunos decidiram criar jogos educativos que pudessem fazer a inclusão dessas pessoas com deficiência na sociedade. “Foram desenvolvidos cerca de 30 jogos educativos para deficiências como: discauculia, dislexia, TDAH, síndrome de down, autismo e um livro sensorial. Tudo foi definido, escolhido e desenvolvido pelos alunos”, revela a professora Jéssica Sgotti Ullian.
Os jogos foram finalizados no mês de julho e apresentados aos alunos do 1º ano do curso de Linguagens. No decorrer do mês de agosto, foi concluído o livro sensorial com o título “Uma viagem ao mundo da inclusão”, acrescentando a ideia de inclusão de deficientes em esportes e essa semana os jogos e o livro foram entregues às entidades que atendem deficientes em Fernandópolis.
Segundo a professora, esse foi um projeto que surpreendeu a todos, pois envolveu não só o coletivo da escola, mas também toda comunidade de modo geral. “O projeto mexe não só com a aprendizagem dos alunos, mas também com a comunidade escolar. A mudança de percepção deles é gigantesca. Hoje eles passaram a observar no dia-a-dia as necessidades dos portadores de deficiência e a ter um olhar mais amplo da sociedade”, revela Jéssica.
Segundo a coordenadora da ADVF, Sirlene Contin, a inclusão ainda possui um logo percurso que depende não só da juventude, mas de todas as pessoas. “Ficamos muito gratos de ver a juventude engajada na questão da pessoa com deficiência e em criar acessibilidade. Aqui a gente vê a verdadeira inclusão, que são as pessoas se preocupando com o próximo, a empatia. Isso é muito importante nos dias de hoje, principalmente para essa juventude que é o futuro de amanhã”, destaca.
Para a diretora da unidade escolar, Valdete Zanini Magalhães, essa é a primeira turma de linguagem e tudo ainda é uma grande novidade. “A comunicação é uma via de mão dupla e não dá para comunicarmos com todos de uma única forma. Eles pensarem na inclusão e, como esse público pode comunicar-se conosco e com o mundo, é fantástico”, finaliza Valdete.