“Acreditem na escola como lugar seguro para seus filhos”, diz dirigente de ensino

20 de Agosto de 2025

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“Acreditem na escola como lugar seguro para seus filhos”, diz dirigente de ensino

Uma semana depois da retomada das aulas presenciais/online nas escolas particulares, agora é a vez da rede estadual de ensino abrir as escolas que estavam fechadas desde abril do ano passado, para a volta dos alunos. Apesar da volta não ser obrigatória para os estudantes das regiões que estão na fase laranja e vermelha, o dirigente de ensino de Fernandópolis fez um apelo aos pais durante entrevista à Rádio Difusora nesta sexta-feira, 5.

“Acreditem na escola como lugar seguro para seus filhos como sempre acreditaram. As escolas estão preparadas para cumprir todos os protocolos preconizados pela Saúde para que a volta às aulas aconteça de maneira segura”, disse.

A volta será gradual e os 4,5 mil estudantes vão se revezar entre aulas presenciais e online. Na segunda-feira, por exemplo, as 10 escolas públicas estaduais de Fernandópolis receberão 35% dos alunos, o que representa 1,5 mil estudantes em sala de aula. Na área da Diretoria de Ensino, o total de alunos matriculados é de 8,6 mil.

Durante a semana, as escolas promoveram reuniões e definiram o cronograma. Os estudantes receberam o material didático e um kit com três máscaras. “Distribuímos em Fernandópolis 15 mil máscaras para os estudantes e temos 7 mil de reserva para atender emergências”, relatou.

Com o protocolo de apenas 35% de alunos em sala de aula, os estudantes foram divididos em três grupos que farão o revezamento entre aulas presenciais e remotas. Os estudantes dos anos finais do ensino fundamental e os do ensino médio, terão uma semana de aulas presenciais e duas semanas de aulas remotas, para permitir a rotatividade com os outros dois grupos. Já para os alunos das séries iniciais do ensino fundamental, será um dia de aula presencial e dois dias de aulas remotas. A média de aluno por sala deve variar entre 10 e 13 alunos.

De acordo com o dirigente, os estudantes encontrarão as escolas preparadas com lavatório para as mãos logo na entrada, com sabonete líquido e papel toalha, totens com álcool em gel, tapetes sanitizantes, além de medição da temperatura. Cândido José dos Santos recomendou aos pais que alunos com temperatura acima de 37,5 graus devem evitar ir à escola. Pediu ainda que os estudantes levem recipiente para água. Sobre a merenda escolar informou que será servida normalmente seguindo protocolo de segurança e distanciamento social. O intervalo para os estudantes será escalonado para evitar aglomerações.

Para os estudantes da zona rural, o dirigente de ensino disse que o transporte será disponibilizado todos os dias. “Como teremos menos alunos na sala de aula, haverá também menos estudantes nos ônibus o que facilita o distanciamento”, afirmou. Além dos protocolos sanitários, os ônibus deverão circular com as janelas abertas.

Apesar da ameaça de greve, Santos revelou que os professores já estão nas escolas e que apenas aqueles do grupo de risco é que permanecerão com aulas remotas.

O dirigente diz que o prejuízo para os estudantes foi grande durante o período de fechamento das escolas. O Brasil foi único pais do mundo onde as escolas permaneceram mais tempo fechadas. “Deveria ter sido a última a fechar e a primeira a abrir. Essa volta será importante para a saúde emocional dos estudantes que sofreram muito com as escolas fechadas e aulas remotas”. Afirmou.

Mesmo que a região avance para a fase amarela nas próximas semanas, ele afirmou que as escolas permanecerão com 35% de alunos em sala de aula. Se a fase amarela chegar, a mudança ocorrerá em março, com 70% dos alunos com aulas presenciais.

GREVE

O Sindicato dos Professores da rede estadual paulista (Apeoesp) anunciou, nesta sexta-feira, 5, que entrará em greve a partir de segunda-feira, 8, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores.

Em assembleia realizada nesta sexta-feira, os professores se manifestaram contra a decisão de reabrir escolas estaduais. Segundo a Apeoesp, as unidades não têm condições sanitárias de receber os estudantes e há casos de funcionários e professores contaminados pelo novo coronavírus após reuniões de planejamento. O sindicato quer que as aulas retornem de forma online, sem presença de alunos e professores em sala de aula.