Na manhã desta quarta-feira, 7, professores e pais de alunos fizeram um movimento de repúdio contra a medida do governo do Estado de São Paulo que visa reorganizar a distribuição dos alunos em unidades que atenderão cada um dos três ciclos de ensino.
Alunos das escolas Armelindo Ferrari e Fernando Barbosa Lima fizeram uma passeata pelo centro da cidade com destino à Diretoria Regional de Ensino, que fica anexo à EELAS, onde abrigará o ensino médio de toda a cidade, de acordo com a nova medida.
O movimento chamou atenção de toda cidade pelo grande número de envolvidos – cerca de 150- com cartazes e caminhão de som repudiando a intenção da Secretaria Estadual da Educação.
Com a medida, algumas escolas atenderão apenas alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, outras, alunos do 6º ao 9º ano do fundamental, e por fim, os três anos do ensino médio. Na prática, não haverá mais crianças e adolescentes dividindo o mesmo espaço e cada ciclo terá uma escola exclusiva. Um dos objetivos, segundo o estado, é melhorar o uso dos prédios escolares. A secretaria afirma ainda que escolas com ciclo único têm alunos com rendimento 10% superior às unidades com três ciclos de ensino.
Os prejuízos se dão não apenas pela superlotação e escolas quanto pela dificuldade de deslocamento de alunos de toda parte da cidade até a EELAS, que fica próxima ao centro, no Jardim Santa Helena. “Os pais nos procuraram diante dessa medida para fazer o manifesto, principalmente os pais que tem filhos na mesma escola, de diferentes idades e pais que moram perto da escola e agora terão que se deslocar até 2km para levar os filhos nas escolas. O problema é não apenas a distância e a superlotação como também o possível fechamento de escolas e desemprego de profissionais. Os pais estão indignados também com a falta de melhoria no ensino. Já temos salas lotadas, que já é dif´cil de trabalhar, com elas superlotadas será impossível”, disse a professora da escola Ferrari Gislaine Morales Franco Melo.
Gislaine disse ainda que a intenção é que os grito dos pais e professores chegue até o governador “para mudar de ideia e entender que este não é o melhor caminho”.
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