Em clima de emoção, CEMEI é inaugurada em Fernandópolis

Escola leva o nome de Leontina Conceição Siqueira Sardinha

20 de Agosto de 2025

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Em clima de emoção, CEMEI é inaugurada em Fernandópolis

Em um clima de emoção que contagiou o grande público presente na Rua Américo Messias dos Santos, foi inaugurada na manhã desta terça-feira, 29, a CEMEI “Leontina Conceição Siqueira Sardinha”. A escola está instalada no antigo prédio do SESI que foi alugado pela administração municipal depois de passar por reforma e adequação (por conta do proprietário).

As atividades foram iniciadas nesta segunda-feira, 28, atendendo no momento 63 alunos de 0 a 3 anos (Berçário I, Berçário II, Maternal I e Maternal II). A previsão para 2016 é de que o atendimento seja ampliado para todas as etapas da Educação Infantil, (que incluem também Jardim e Pré), podendo chegar a mais de 180 alunos.

A CEMEI atenderá a Educação Infantil em tempo parcial (quatro horas diárias) e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias.

“Agradeço a prefeita por ter encarado as dificuldades para estarmos aqui hoje. Os vereadores nos cobravam, tinham pressa e nós também e sempre dissemos que ficaria pronta este ano. Temos 70% da demanda dessa fase infantil enquanto que a meta é de 50% até 2026. Novos desafios virão e o importante é nossa vontade d ever as coisas dando certo”, disse a secretária de Educação Lídia Buíssa.

Já o presidente da Câmara André Pessuto, bastante emocionado, lembrou alguns causos com a homenageada Leontina e usou da poesia para destacar a importância da educadora, ora lembrada. “ Todos se lembram da deliciosa bala de café que ela fazia. O café é amargo mas o amor, dedicação e açúcar do coração dela adoçava a vida de todo mundo. Que essa escola possa receber aquela doçura e amor que a bala nos trazia e que esse amor brote no coração dos professores e diretores para formar cidadãos de bem”, destacou.

A prefeita Ana Bim, por sua vez, agradeceu à Câmara, aos proprietários do imóvel – que fora da Prefeitura um dia – por ter alugado o prédio, ressaltou os resultados obtidos por Fernandópolis com a educação básica e elogiou a homenageada. “Olha o entendimento daquela mulher, que visão de futuro. Só quem conhece ela sabe do amor e dedicação á educação. Lá no passado ela criou homens e mulheres para o futuro, um adiantamento espiritual, sem dúvida”, disse Ana Bim.

Quebrando o protocolo, também emocionada, a educadora Wandalice Renesto pediu o microfone e fez um discurso sucinto e acalorado, olhando nos olhos de André Pessuto e Ana Bim. “Vamos dar valor às pessoas de cabelo branco que deram o sangue pela educação dessa cidade. Hoje vocês resgataram a memória de quem realmente merecia uma homenagem como essa. Abrir escolas é fechar presídios”, frisou Wandalice.

 

Sobre a homenageada

Em 1918 nascia Leontina Conceição de Siqueira, filha de mãe simples, analfabeta, servente em uma escola. Leontina cresceu em meio a livros e cadernos e aos 22 anos formou-se professora. Enfrentou vários obstáculos ao longo de sua vocação, salas de aula improvisadas em tulhas, pais que viam a educação como algo dispensável aos seus filhos e uma sociedade onde a mulher deveria cuidar de sua família.

Efetivou-se diretora no ano de 1952 em Brasitânia, veio para o Grupo Escolar da Brasilândia, depois para o Grupo Escolar de Fernandópolis, hoje, “Afonso Cáfaro”, onde aposentou-se em 1973. Dentre tantas atitudes louváveis em sua trajetória, frequentou a Associação dos Alcoólicos Anônimos para ajudar seus alunos vítimas de pais alcoólatras.

Na despedida do magistério, entregou de presente aos alunos, canecas com a seguinte frase: “a alma de toda a educação é a educação da alma”.