O vice Gustavo Pinato abre o jogo

20 de Agosto de 2025

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O vice Gustavo  Pinato abre o jogo

Em meio as discussões que estão sendo travadas nos bastidores para definição de quem será o companheiro (ou companheira) do prefeito André Pessuto na chapa para disputar a reeleição, o atual vice-prefeito Gustavo Pinato abre o jogo e diz que acompanha tudo com muita tranquilidade. Nesta entrevista ao CIDADÃO, ele afirma que a escolha do vice é uma decisão que passa pelo consenso. “O que importa para mim, na verdade, é a tentativa de união da política local”. Na quinta-feira, Gustavo postou nas redes sociais o lançamento de sua pré-candidatura a vereador, abrindo caminho para o grupo negociar o posto de vice na chapa do prefeito André Pessuto.

“Venho através desta postagem comunicar meus familiares, meus amigos e toda a população da minha amada cidade de Fernandópolis e distrito de Brasitânia que decidi lançar minha pré candidatura para vereador neste pleito e independente de qualquer coisa, o importante é o bem estar da nossa população e o avanço de nossa cidade”, escreveu.
Ainda na entrevista, Gustavo fala também de sua experiência nos cargos de vereador, vice-prefeito e secretário da Assistência Social e aposta na reeleição de André Pessuto. “Isso é fato”, garante. Ele voltou a defender a proposta que levou ao prefeito sobre a concessão de 13º salário e pagamento de INSS ao pessoal da “Frente de Trabalho” e diz que sem eles, a prefeitura não consegue tocar serviços braçais como equipe de asfalto e tapa buraco, limpeza pública em modo geral e mais uma infinidade de atividades. Leia a entrevista:

Você ganhou destaque nas redes sociais no final de semana com a proposta que apresentou ao prefeito André Pessuto para mudança na Lei Municipal da Frente de Trabalho, incluindo benefícios como 13° e INSS. Explique melhor.
O programa conhecido como “Frente de Trabalho” é regido por uma lei municipal. O trabalhador é contratado por tempo determinado, no máximo de até dois anos. A lei trata, inclusive, como um “auxílio desemprego”, e em nosso município temos hoje 450 beneficiários, que recebem um salário mínimo por mês e uma cesta básica. Concluindo, o trabalhador não tem registro em carteira de trabalho, tampouco nenhum recolhimento junto ao INSS, mesmo que seja como autônomo. O programa tem um seguro somente para casos de morte e invalidez permanente. Sendo assim, levei a proposta ao prefeito para fazer um estudo sobre a possibilidade da prefeitura arcar com o recolhimento junto ao INSS, e ainda a possibilidade de pagar 13° salário para esses trabalhadores. Essa alteração não pode ser elaborada pelo poder Legislativo, tendo em vista que geraria aumento de gasto aos cofres públicos. 

"Temos hoje 450 trabalhadores na Frente de Trabalho que recebem um salário mínimo por mês e uma cesta básica"

Um dos grandes gargalos na prefeitura é contar com a força do trabalho braçal. Acha que a Frente de Trabalho vem suprindo esta necessidade e que há espaço para incluir esses benefícios?
Sim, eu tenho certeza. Todos os serviços braçais como equipe de asfalto e tapa buraco, limpeza pública em modo geral, limpeza de todos os órgãos públicos municipais como por exemplo as escolas, todos os postinhos de saúde, secretarias, rodoviária, praças, berçaristas, auxiliar de sala, digitador em postinho e mais uma infinidade, não seriam possíveis sem a Frente de Trabalho. Sobre a questão se há espaço para incluir este benefício, acredito que se houver alteração na lei municipal mediante aprovação pela Câmara, acho bem provável ser possível. Segundo falei com o prefeito, passado o prazo de impedimento legal, o jurídico deverá dar um parecer no tocante a matéria. 
Estamos entrando na reta final do prazo para os partidos definirem seus candidatos. Você atualmente é o vice-prefeito da cidade. Como acompanha toda essa discussão sobre o vice de Pessuto para as eleições de 15 de novembro?
Acompanho com muita tranquilidade. Hoje, com a pandemia, a melhor opção para todos os possíveis pré-candidatos é a de ser candidato a vice-prefeito na chapa do meu amigo e companheiro André Pessuto, pois vejo sua reeleição como certa.
O seu nome ficar fora dessa discussão é uma decisão sua?
Na política, toda decisão vem do consenso de um grupo. Neste caso, como atualmente sou do mesmo partido político do prefeito André Pessuto, e para não dar a impressão de que há autoritarismo ou imposição de alguém, eu mesmo disse ao grupo que se precisasse compor (com outros partidos políticos) a vaga de vice, isso seria feito com o meu consenso. O que importa para mim, na verdade, é a tentativa de união da política local. Isso na verdade é um sonho, que pelos últimos acontecimentos, deverá demorar para acontecer. Fico muito tranquilo, pois tenho uma relação com o prefeito de grande confiança, diferente de outros prefeitos que passaram, o André deu e continua dando total apoio e autonomia ao seu vice. 
E a saída da Secretária de Assistência Social?
Confesso que passar por essa secretaria foi a melhor experiência e realização de toda a minha vida. Lá, estive na linha de frente atendendo a população e pude enxergar a triste realidade de centenas de famílias de nosso município. Mas, em determinado momento e até por conta de ser ano eleitoral, resolvi sair. Agora, como vice-prefeito posso atender toda a população em meu gabinete, no Paço, e, com a autonomia que o André me dá, posso atuar direta ou indiretamente em todas as secretarias. Aproveito o momento para parabenizar a brilhante equipe de profissionais efetivos da Secretaria de Assistência Social. Estive a frente da equipe por mais de dois anos e sou testemunha da dedicação e competência desses profissionais. 

"Como Secretário da Assistência Social pude enxergar a triste realidade de centenas de famílias de nosso município"

Em 2019, o prefeito viajou por 15 dias e deixou o Secretário de Assuntos Jurídicos no lugar, ou seja, não transferiu o cargo ao vice, como seria normal. Como avalia esse episódio? 
Um episódio normal, até porque, além de se tratar de apenas 15 dias, na época dos fatos, estava como atual Secretário da Secretaria de Assistência Social e Cidadania. 
Você já teve um mandato na Câmara e está agora no Executivo como vice-prefeito. Onde se sentiu mais à vontade?
Confesso, e quem me conhece sabe, que não consigo ficar parado e vice-prefeito, às vezes, se torna um cargo figurativo. Sendo assim, me senti à vontade em ambos, mas a vereança torna a pessoa mais próxima dos anseios da população.  
A filiação ao DEM já foi olhando para uma volta ao Legislativo?
Sim, a convite do prefeito e do atual presidente vereador Gilberto Vian, aceitei o convite.

"Me senti à vontade como vice-prefeito, mas a vereança torna a pessoa mais próxima dos anseios da população"

Acha que André Pessuto tem chance de quebrar o tabu de ser o primeiro prefeito reeleito da história de Fernandópolis?
Com o devido respeito a todos os outros eventuais concorrentes, considero isso como fato. A nossa administração, sem falsa modéstia, conquistou inúmeras obras, benfeitorias, entre outros ganhos, para o nosso município. O reconhecimento dos nossos esforços virá com certeza.
Ser irmão do deputado Fausto Pinato ajuda ou atrapalha?
Ajuda e muito. Todos os recursos em geral, sendo para o município como um todo ou até para a nossa querida Santa Casa de Misericórdia, não seriam possíveis sem a articulação direta ou indireta do meu irmão e sua assessoria. O fato de sermos irmãos, estreita a questão de formalidades porque, em alguns casos, a mudança de um projeto ou até uma “alimentação” de um sistema para que seja paga uma emenda, tem que ser naquele dia ou até naquela hora. Parecem detalhes, mas que no dia a dia tem muita diferença, ajuda muito.