CIDADÃO inicia hoje mais uma de suas séries com a comunidade fernandopolense, desta vez com o intuito de mostrar quão importantes são as entidades assistenciais e de classe na sociedade local.
Ao todo, Fernandópolis possui 14 entidades registradas, todas com trabalhos voltados ao desenvolvimento social e pessoal de crianças e adolescentes. Inúmeros são os exemplos de pessoas que mudaram suas vidas por meio desse trabalho e alguns deles serão retratados nesse espaço.
Começando pela história de Ednea, Taiane e Marcia. As três passaram pelo Ceads - Centro Educacional de Apoio, Desenvolvimento Social e Cultura – e garantem que suas vidas não seriam as mesmas sem essa experiência.
Ednea Maria Teixeira Cambuy foi aluna de uma das primeiras turmas do Ceads, quando a entidade ainda era conhecida como guarda mirim feminina. Lá aprendeu desde tarefas simples sobre como preencher um cheque até o convívio social.
À época ela foi indicada pelo Ceads para assumir uma vaga de auxiliar em um cartório da cidade e hoje, 26 anos depois, ocupa o cargo de escrevente neste mesmo cartório, o que também a motivou a iniciar a faculdade de direito. “A minha profissão eu devo ao Ceads.”, disse ela.
Taiane Priscila Martins hoje é psicóloga e coordenadora da Apadaf - Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Fernandópolis –, mas sua vida profissional foi iniciada na Área Azul.
Ela estava trabalhando de guardinha, como eram chamadas antigamente, quando foi descoberta por uma clínica odontológica, que ao ver seu jeito despojado e alegre ao trabalho, a convidou para fazer parte de seu quadro de funcionários.
“A secretária dessa clínica me via ali trabalhando todos os dias e achou que eu tinha o perfil que a clínica precisava. Fui convidada para trabalhar lá e desde então venho me profissionalizando. Se hoje sou alguma coisa é graças ao Ceads”, completou Taiane.
Já Marcia Daiane dos Santos Dornele possui uma história ainda mais intensa com a entidade. Assim como Ednea e Taiane, ela começou sua vida profissional como guardinha.
“Desde a época que entrei aqui eu recebi todo o apoio psicológico, social e profissional. Lembro que a gente aprendia até como ir ao banco, aulas de como preencher um cheque até a procurar nomes na lista telefônica, nunca vou me esquecer disso (risos). Coisas assim que não tínhamos oportunidade de aprender naquela época”, lembrou Marcia.
Hoje ela é psicóloga e voltou para o Ceads, só que dessa vez como profissional contratada. “Aqui sempre foi nossa segunda casa, aqui a dona Lucia sempre ouviu nossos problemas, a gente chorava com ela, ria com ela e até hoje acredito que todos que tenham passado por aqui ainda tenham esse mesmo carinho que tenho pela guarda”, concluiu.