Depois do Outubro Rosa e do Novembro Azul, Fernandópolis receberá agora a campanha Janeiro Branco, que visa debater e difundir uma reflexão sobre a saúde mental. A iniciativa foi trazida à cidade por um grupo de terapeutas que pretende quebrar os paradigmas que existem em relação ao tema.
Há tempos a psicóloga fernandopolense Vilma Beatriz Oliveira vinha debatendo a temática em suas redes sociais, e foi na visita de dois amigos e colegas de profissão do Rio de Janeiro (Sérgio Breves e Rosi Vargas), que ela decidiu implementar a campanha na cidade.
“Tudo que vemos como uma boa ideia, sempre desejamos trazer para perto da gente, é meio que instintivo e esse é um dos motivos. Há algum tempo eu já vinha debatendo a questão nas minhas redes sociais, e com a chegada deles decidimos implementar, pois eles já trabalham com essa conscientização lá no Rio e deu muito certo. E nós temos curso de psicologia aqui, temos tantos profissionais que podem se envolver com a causa”, destacou Vilma Beatriz.
De acordo com Sérgio Breves, o Janeiro Branco foi inspirado no Outubro Rosa e o mês de janeiro foi escolhido para ser símbolo da campanha pelo fato de que culturalmente existe um clima de início de ciclos e renovação de projetos de vida, já o branco foi escolhido por ser a somatória de todas as cores e o ponto de partida de qualquer projeto.
“Não podemos esperar que a doença apareça para que a gente vá cuidar. Temos que trabalhar antes, fazer o desenvolvimento pessoal, e podemos fazer isso nas nossas relações, como elas estão, em casa, no trabalho, as relações interpessoais, inclusive, precisam ser muito mais fortalecidas para que possamos nos comunicar melhor com o outro, assertividade, autorreflexão, auto percepção, tudo isso traz um benefício enorme para o ser humano como ser integral”, frisou.
Rosi Vargas garante que a campanha pretende sair das práticas curativas onde a doença já está instalada e se busca os cuidados para as práticas preventivas, que são os cuidados emocionais, o fortalecimento emocional, destacando o fato de que qualquer pessoa que passa por dificuldade, precisa entender que é necessário falar sobre as dores, as emoções e buscar cuidados pertinentes para isso.
“Todos nós passamos por inquietações durante a vida no nosso cotidiano e é nisso que precisamos trabalhar e esclarecer a população”, completou.
PRÁTICA
Dentre as ações práticas que serão implementadas pelo grupo estão a Roda de Dança Circular, cuja primeira edição seria realizada na terça-feira, 10, mas acabou sendo suspensa por conta da chuva, e a abertura dos portões do Espaço Viver para reuniões com a população. Laços brancos também serão distribuídos a todos que participarem dos eventos.