A ADVF - Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis lançou na internet “vaquinha online” para arrecadar R$ 60 mil destinado a pagar as dívidas que podem levar a entidade a fechar as portas e deixar de atender 114 deficientes visuais, com visão subnormal e cegos totais, além de pessoas com deficiência física, intelectual leve e dupla deficiência.
A “vaquinha online” denominada “Salve a ADVF” foi criada por Ana Clara Fontes Mafra e Natalia Fernanda Fontes Lopes Mafra, filhas de Célia Fontes Mafra, que fundou a entidade e que faleceu no mês de setembro. Natalia assumiu a coordenação da entidade e fez um levantamento de todos os débitos da entidade e resolveu propor essa “vaquinha online” que tem como meta levantar R$ 60 mil. “Se for colocar na ponta do lápis tudo o que a entidade deve, o valor é muito maior”, disse Natália.
A entidade, como as demais, passa por dificuldades financeiras e já chegou a quase fechar as portas em 2015. “Precisamos de ajuda para cessar as contas e continuar nossos atendimentos”, escreveram Ana e Natália.
Para doação na campanha “Salve a ADVF”, basta acessar a página www.vakinha.com.br/vaquinha/salve-a-a-d-v-f. A campanha foi aberta no dia 24 de outubro e se estenderá até 1º de março de 2017. Na página pode ainda ser conferida informações sobre a entidade e acompanhar online o total de doações feitas.
A Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis atende hoje a 114 deficientes visuais, com visão sub normal e cegos totais, além pessoas com deficiência física, intelectual leve e dupla deficiência.
“Hoje a entidade sobrevive de alguns convênios, de doações mensais de voluntários e de promoções como a “galinhada inclusiva” realizada na semana passada. Mas a receita é ainda muito abaixo das despesas mensais que giram em torno de R$ 5 a R$ 6 mil”, disse Natalia, relatando que a entidade acumula dívida, inclusive com impostos e INSS.
“Vaquinha online” ganhou repercussão no Brasil e pode ser uma ferramenta a ser utilizada pelas entidades, através dos sites de crowdfunding, que permitem que várias pessoas e empresas financiem juntas um projeto contribuindo com certas quantias em dinheiro, numa espécie de vaquinha. Essa forma de financiamento coletivo vem se popularizando desde 2009.
A entidade foi fundada há 16 anos por Célia Fontes Mafra e seu marido Ademir Mafra (ambos já falecidos) após ao nascimento do seu filho com deficiência visual total (Gustavo).
A ADVF está situada à Avenida Paulo Saravalli, nº 293, bairro Jardim Santa Helena. O objetivo prioritário da ADVF é a inclusão social, processo que se fundamenta em princípios étnicos entre os quais se destaca o de reconhecer e respeitar o direito de oportunidades iguais perante a diversidade humana.