O estudante fernandopolense, Leandro Leomar Borges Rastelli, que cursa o primeiro ano do ensino médio na escola estadual Afonso Cáfaro, virou destaque nos principais jornais e sites de notícia do Brasil por conta do seu projeto apresentado na Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – essa semana. O jovem desenvolveu um larvicida à base da planta Dieffenbachia picta schott, conhecida popularmente como Comigo Ninguém Pode.
Rastelli ganhou as manchetes dos jornais a partir da publicação da Agência Brasil de Comunicação, uma empresa pública que difunde informações de interesse nacional. E não demorou muito para que os demais veículos de comunicação brasileiros vislumbrassem a pauta, como o Correio Brasiliense, G1, Folha de São Paulo, Estadão, etc.
E não é por menos. A iniciativa do fernandopolense vem ao encontro de uma das maiores preocupações do povo brasileiro, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, da febre Chikungunya e do Zika vírus.
Os testes iniciais, feitos na escola sob a a orientação da professora Jucimara Uliana Gomes, comprovaram que a toxicidade da planta também tem efeito sobre a larva, a pupa e o mosquito Aedes aegypti.
“A ideia é pegar a planta Comigo Ninguém Pode e fazer um inseticida natural, de fácil fabricação, que possa combater a larva, a pupa e também o mosquito. É um líquido, que seria colocado primeiramente em calhas e ralos, lugares difíceis para se combater a dengue e de difícil acesso às pessoas”, disse Leandro.
Devido à toxicidade da planta, não é recomendado, no entanto, que as pessoas tentem produzir em casa, a partir do Comigo Ninguém Pode, qualquer tipo de produto para combater o mosquito.
FEBRACE
A 14ª edição da Febrace começou na terça-feira, 15, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), na capital. Foram expostos 341 projetos de 752 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, orientados por 476 professores.
“O mais importante não são os resultados, como chegar a um protótipo ou produto, por exemplo, mas todo o processo, as diversas etapas de investigação, reflexão, construção e observação necessárias para a execução dos projetos”, destaca a coordenadora da Febrace, Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica da USP.
Os alunos com as pesquisas melhor avaliadas ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 200 prêmios. Também concorrerão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, na cidade de Phoenix, no Arizona (EUA).