O Projeto PI, que nasceu com o intuito puro e simples de apresentar um pouco do cotidiano de jovens cientistas estudantes de universidades públicas e incentivar alunos da rede estadual de ensino a buscarem áreas de Ciências Exatas, especificamente, Química, Física e Matemática, vai abrir no próximo dia 17 seu segundo ciclo de palestras em Fernandópolis.
A palestra intitula-se “O que é ser um estudante universitário?” e poderá ser dividida em três momentos: referência aos vestibulares, cotas, programas de auxílio ao ingresso do aluno de escola pública (ex. o PASUSP), isenções de taxas, o SiSU, entre outras coisas; Num segundo momento, será falado sobre a vida na universidade e a respeito de auxílios para a permanência do aluno na universidade, como: bolsa moradia, bolsa alimentação, assistência médica, bolsa atividade, bolsa monitoria, bolsas de iniciação científica para alunos interessados em pesquisa, entre outras. Será falado também sobre o que se estuda nos cursos de Química, Física, Matemática e Biologia, tanto no Bacharelado quanto na Licenciatura. E por fim, um apanhado geral, sobre as possibilidades de prosseguimento dos estudos (pós-graduação) e o mundo do trabalho.
FERNANDOPOLENSES
Dentro do projeto, que existe desde 2014, estão os fernandopolenses, ex-estudantes de escolas públicas Bruno Pereira, formado em Engenharia de Alimentos e mestrando em Física (USP), Agede Marassi, mestrando em Física (USP) e Eduardo Maschio, doutorando em Física (USP). Eles se uniram a Victor Travagim, mestrando em Educação (Ufscar) e Fernando Yoshio estudante de Matemática (USP) e criaram um projeto sem fins lucrativos, à parte das atividades universitárias para tentar reparar a carência de formados nas áreas de ciências exatas.
“Em muitos casos, esta carência é devido ao não conhecimento de forma adequada dos campos de atuação, pensando sobre isso, resolvemos nos envolver no ideal de semear interesse de alunos com potencial a buscarem as áreas de Química, Física e Matemática”, contou Bruno Pereira em entrevista ao CIDADÃO no lançamento do programa.
Segundo ele, além de incentivar os estudantes, principalmente do último ano do ensino médio, a buscar tais áreas, os alunos querem passar parte de suas experiências como jovens cientistas que deram seguimento aos estudos.
“Queremos mostrar como é nosso cotidiano, não apenas sobre as áreas e o vasto campo de atuação em um centro te expansão tecnológica como é São Carlos e a capital, mas também passar para eles as responsabilidades de morar sozinho e os mecanismos facilitadores para ingressar em uma faculdade pública como fizemos. Já vivemos a realidade de Fernandópolis e sabemos que muitos deles não têm ideia de como podem crescer em um mercado aquecido como aqui (São Carlos)”, contou Pereira, que estudou na EELAS, no ensino médio.