Em meio aos 30 mil corredores da 91 Corrida Internacional de São Silvestre 2015, realizada no último dia 31, haviam 19 fernandopolenses da equipe SuperAção. Alguns de primeira viagem, outros já acostumados às provas de fundo. Motivação não faltou para enfrentar os 15km do percurso que teve início na Avenida Paulista, altura da Rua Frei Caneca, próximo ao Museu de Artes de São Paulo, o MASP, e chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na Avenida Paulista. Cásper Líbero foi o jornalista que idealizou a São Silvestre em 1925, sendo que a disputa nunca foi interrompida de lá para cá. A prova foi realizada até mesmo durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e a II Guerra Mundial.
Pelas redes sociais, os fernandopolenses não deixaram de exaltar o espírito esportivo, deixando claro que a qualidade de vida proporcionada pelo esporte e a união dos amigos são maiores que qualquer classificação. Cidadão ouviu alguns dos corredores da cidade para saber qual a impressão de quem esteve em uma das mais tradicionais provas de rua do mundo. Confira:
André Luiz Azadinho Campos, assistente social
“Minha primeira corrida foi na prova do aniversário de Fernandópolis, a corrida 22 de Maio, do ano passado. Sou praticamente um iniciante. Essa foi minha primeira vez na São Silvestre, mas já havia corrido em algumas provas da região com a equipe SuperAção. Quando decidiram juntar uma van acabei topando o desafio. Fico mais feliz por ter sido um momento em que batemos o recorde de atletas de Fernandópolis nessa prova, foi tudo muito prazeroso. Com o tempo de 1h e 22mim fiquei me sentindo um campeão (risos).
Tais Semenzati Marson, engenheira civil e empresária
Participo de corridas há três anos e esta, em especial, foi minha primeira. A corrida faz parte de minha modalidade principal que é o Triathlon, da qual venho participando. Amei a experiência da São Silvestre. Algumas imagens não me saem da cabeça: a quantidade de pessoas na mesma sintonia com você e as pessoas assistindo que te incentivam o tempo todo. É uma corrida mágica. Participaria todo ano se pudesse, e ir em grupo foi maravilhoso pela a integração com os amigos e também pela oportunidade de conhecer pessoas.
Luís Carlos Barufi, funcionário da Sabesp
Participo de provas há dois anos e meio e essa foi minha terceira participação na São Silvestre. Comecei em 2013 até então com 40 anos, imbuído pelo sentimento de que não basta sonhar, tem que realizar e para isso basta querer, treinar, e se esforçar, colocar metas na sua vida para conseguir.Fiquei satisfeito em partes, pois poderia ter feito a prova em 1h 4min e chegar entre os 400 primeiros. Fiquei em 571º com o tempo líquido de 1h 6min e 27s. Mas o que me marcou muito foi a interação entre os participantes e a festa, pois a São Silvestre é isso para nós amadores, uma festa.
Humberto Cáfaro Filho, Eng. Agrônomo
Participo desse esporte desde os tempos da Minimaratona do Lions, mas da São Silvestre já participei sete vezes. Hoje tem muita gente da cidade que participa, mas quando comecei, em 2005, realmente eram poucos, e a sensação é muito boa a ponto de me motivar a compartilhar e difundir a corrida com os amigos fernandopolenses.
A São Silvestre é uma das poucas provas que não existe preocupação com resultados, a não ser para os atletas de elite ou profissionais. O evento é uma grande festa de confraternização com atletas do mundo todo, as pessoas vão para interagir e se divertir, por isso usam fantasias e brincam entre si. Na verdade o evento parece mais uma festa de carnaval.
Kléber Botasso ( Nico), professor de educação fisica
Participo de corridas de rua há mais de 10 anos, já corri várias provas de 5 até 42km, em vários lugares do Brasil como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte e Alagoas, porém igual São Silvestre não existe. Este ano foi minha 8ª participação e apesar de ter passado mal.na prova, terminei o percurso com a sensação de dever cumprido, ainda mais com uma galera especial que foi esse ano com a gente. Muitos participaram pela primeira vez e isso nos motiva cada dia mais a participar desse esporte. Enquanto Deus me der saúde continuarei a correr.
Guilherme Setemo Sentinello, servidor público municipal
Participo de corridas há quatro meses, mas a São Silvestre foi a primeira. Decidi participar em 2015 em um treino que chamamos carinhosamente de ‘longão’, na estrada do Coqueiro. Fiquei muito feliz pela realização de um sonho antigo e satisfeito por concluir a prova, independente de tempo ou colocação. Me sinto um vitorioso pelo simples fato de correr. Me marcou muito a viagem com a equipe SuperAção, a hospedagem no hotel, a confraternização com todos da equipe e a música da largada.
Fátima Cáfaro, educadora física
Corro há cinco anos e já participei da São Silvestre três vezes. O que me deixou feliz foi pelo aumento de amigos que participam da prova.
Anderson Aparecido Dornele, gerente de vendas
Comecei a correr em 2013 com objetivo de correr especificamente a São Silvestre, depois peguei gosto e não parei mais. Com essa de 2015 já e minha terceira participação. Foi ótimo poder ser uns dos poucos da cidade a correr ela.
Douglas Lourenço, dentista
Participo de corridas há 19 anos e esta foi minha 8ª São Silvestre. A minha primeira corrida foi justamente a São Silvestre em 1996. Me sinto um pouco triste em saber que a grande maioria só da valor ao futebol e o número de praticantes de corrida de rua ainda é pequeno impossibilitando incentivo da cidade, mas fico feliz por a cada edição o número de fernandopolenses aumentar na São Silvestre. É motivo de alegria para mim independente da marca nesta prova, pois a São Silvestre é uma prova para confraternizar com os amigos e resultados pessoais. O que mais me marcou foi ter corrido junto de 20 pessoas da cidade e ter completado a prova ao lado de um amigo que ficou emocionado ao cruzar a linha de chegada. Isso não tem dinheiro que pague.