Metade das brasileiras inicia a vida sexual na adolescência

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

Metade das brasileiras inicia a vida sexual na adolescência

Metade (53%) das mulheres inicia a vida sexual entre 16 e os 18 anos no Brasil. A pesquisa, realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou ainda que para 62% das entrevistadas, o tema “virgindade” não é mais um tabu. Segundo o estudo, porém, 60% delas ainda têm vergonha de falar sobre sexo e contracepção e o principal motivo apontado para isso é por ser um assunto “muito íntimo” (44%). Mesmo assim, três em cada dez jovens afirmaram já ter tido uma conversa positiva sobre sexualidade com os pais ou responsáveis.

Cuidados - Entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, estão praticamente empatadas a camisinha (35%) e a pílula anticoncepcional (34%). Já 13% das entrevistadas declararam optar pelos contraceptivos de longa duração, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o implante. Os números indicam ainda que 77% das mulheres têm o hábito de ir ao ginecologista.

Gravidez - De acordo com a pesquisa, 81% das mulheres conhecem alguém que engravidou antes dos 16 anos. Para 45% das entrevistadas, o principal motivo para a gravidez não planejada é “irresponsabilidade”. Outras 26% dizem que a principal causa é o esquecimento ou uso incorreto do método contraceptivo escolhido.

Ainda segundo o estudo, o mais importante para as mulheres em um relacionamento é “pensar na família e fazer planos futuros” (22%), o amor (22%), o companheirismo (15%) e o sexo (14%). Para 51% das jovens, o sexo representa um prazer pessoal e, enquanto 32% disseram estar abertas ao sexo sem compromisso, 26% “jamais fariam”.

O estudo entrevistou dois mil mulheres acima dos 14 anos em quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.

ALERTA

Em Fernandópolis, o número de gravidez na adolescência não é tão exagerado se comparado proporcionalmente com as capitais, no entanto, não está livre das DSTs. De acordo com levantamento feito pelo setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, os números têm aumentado nas oito doenças sexualmente transmissíveis mais comuns na cidade (confira lista abaixo).

Para evitá-las, o CADIP – Centro de Atendimento às Doenças Infectocontagiosas-, realiza atendimento à população, com testes rápidos e kits de prevenção, distribuição de preservativos gratuitos em todas as unidades básicas de saúde além de realizar campanhas durante o ano, palestras em CRAS,CCI, escolas e semiliberdade. Nessas campanhas são oferecidos exames para HIV, Hepatite B e C e Sífilis, onde são feitas orientações sobre as doenças, meios de transmissão, e a importância de utilizar o preservativo nas relações sexuais.

FIQUE SABENDO

Na última semana o CADIP realizou a Campanha Fique Sabendo, cujo objetivo é incentivar a realização dos testes de HIV na população, principalmente aquelas que nunca realizaram o exame. De acordo com o Centro, foram realizados 153 testes de HIV, 112 de Sífilis, 15 de Hepatite B e 60 de Hepatite C, sem nenhum caso positivo. Já em 2014, foram diagnosticados 10 casos novos para sífilis e um caso de Hepatite C. 

DSTs referente a 2014

AIDS – 11

Condiloma – 15

Sífilis – 11

Herpes – 8

Sífilis não especificado – 22

Síndrome do Corrimento Uretral – 2

Úlcera genital – 1

DSTs referente a 2015

AIDS – 16

Condiloma – 24

Sífilis – 10

Herpes genital – 5

Sífilis não especificado – 54

Síndrome do Corrimento Uretral – 4

Síndrome do Corrimento Cervical - 1

Úlcera genital – 1