Amanhã tem semifinal da Copa Dezembrão, idealizada pelo incansável Nhô Taboca

20 de Agosto de 2025

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Amanhã tem semifinal da Copa Dezembrão, idealizada pelo incansável Nhô Taboca

Em homenagem ao grande esportista José Batista da Silva, popularmente conhecido como Nhô Taboca, a Copa Dezembrão de Futebol Amador teve início no último final de semana com quatro jogos. Na sexta-feira, o Paraíso FC goleou o Expressinho Paulistano FC por 5 a 2 e o Planalto FC Engerb derrotou os atuais campeões da Copa pelo placar magro de 1 a 0.

Já no sábado, também no Estádio Municipal Cláudio Rodante, foi a vez do Uirapuru vencer o Brasilândia EC por 2 a 0, enquanto que o Juventus bateu o Corinto FC por 3 a 1.

Agora, neste domingo, 13, serão realizadas as semifinais da competição. O Paraíso pega o Juventus e na outra chave o Planalto pega o Uirapuru. A final da Copa Dezembrão será no próximo dia 20, às 9h, no Cláudio Rodante.

O ESPORTISTA

Amor e dedicação a favor da valorização do esporte amador, assim pode ser resumida a história de vida de José Batista da Silva, popularmente conhecido por “Nhô Taboca”, ou simplesmente “Taboquinha”, uma lenda viva no esporte amador regional. Nascido em Bálsamo, no dia três de julho de 1931, Taboca, chegou à Fernandópolis em 1942, juntamente com sua família que veio trabalhar com o café. Com 14 anos, o futebol começou a traçar a sua história, que posteriormente ficaria marcada por vitórias, conquistas e alegrias. Com esta idade, Nhô Taboca iniciou sua carreira como jogador, defendendo as cores do Ibiporanga. Mais tarde, atuou em outras equipes do estado como, por exemplo, Tanabi, Jalesense e Monte Aprazível. Em 1948, retornou a Fernandópolis, onde está até hoje. Em 1973, já não estava mais entre as quatro linhas, mas como dirigente de futebol, no cargo de presidente da equipe do Operário de Fernandópolis, fundada no dia primeiro de abril de 1968. “O Operário era uma equipe muito forte, competitiva, ganhávamos tudo o que disputávamos na região toda. Tinha muito prestígio”, relembra Taboca, com saudades.

Segundo ele, a equipe pela qual tem muito carinho, tinha um diferencial, que para ele foi a chave para o sucesso. “Nosso clube, que foi fundado pelo Janjão, era muito estruturado e organizado. Nós administrávamos com amor, tinha escola, o time era todo formado por jogadores pratas da casa, e além do mais, no escudo do Operário tem a figura de um ramo de pé de café, que era a força da cidade”, disse Nhô Taboca, que afirmou nunca ter visto uma águia sobrevoando Fernandópolis, se referindo ironicamente ao mascote da atual equipe fernandopolense, o Fefecê.

Porém, a equipe do Operário, que inclusive foi registrada junto à FPF – Federação Paulista de Futebol, aos poucos estagnou as atividades por falta de um campo de futebol, que segundo Taboca é o único motivo que ainda impede que o Operário volte à elite do futebol regional. “Aqui na cidade quase não existem campos de futebol, ficaram abandonados, assim como o nosso campo (campo da estação). Se um dia cumprirem as promessas de reformá-lo e deixá-lo em condições, o Operário voltará a atuar como antes. Esta é uma das coisas que quero ver antes de morrer”, ressaltou. Hoje, com 79 anos, Taboca, que também já ganhou títulos como atleta (corredor) em competições para a 3ª idade, ainda continua no meio esportivo, além de acumular outros afazeres. Ele também exerceu a função de presidente do CCI – Centro de Convivência do Idoso. E é esse resumido, porém extenso currículo, que faz de Nhô Taboca um ícone do esporte amador regional, reconhecido e respeitado por onde passa.