Desde quando foi fundado há 54 anos, com o nome de ABE - Associação Bancária de Esportes -, o clube cujo símbolo é a maior das aves de rapina – a águia – e que viria a se chamar FFC - Fernandópolis Futebol Clube - em 1966, é responsável por diversas páginas na história da cidade, que hoje completa 76 anos.
Ao longo destes anos, dezenas de personagens fizeram parte desta história dentro de campo, como os craques Canhoto, Téia, Jesus, Edson Pintinho, Rubinho, Arnaldo, Maurinho, Carlos Silva, Tato, Noronha, Soares, Eduardo, Helênio, Wagner, etc, e fora dele, como o saudoso Fernando Sisto, que conquistou o campeonato em 1979 e Antonio Ribeiro Pereira, que repetiu o feito em 1994.
Agora, em 2015, o time que estreou contra o arquirrival, Votuporanguense e venceu por 1 a 0 na casa do adversário, tem personagens bem diferentes, que também possuem capacidade para eternizar seus nomes na história fernandopolense. Fora de campo, um deles é o novo presidente da Águia, Jerri Falcão, empresário de arrojo que assumiu o clube com uma visão diferenciada e empreendedora.
Seus feitos podem, no final das contas, até não render a conquista do campeonato ou do tão almejado acesso, mas já proporcionaram uma injeção de ânimo e ego na torcida, que viu o nome de seu time de coração nos mais renomados noticiários esportivos do país e do mundo, com a contratação de Müller, que agora pelo que tudo indica será técnico do Blumenau SC.
De volta aos gramados, outros nomes deverão ser lembrados daqui algumas décadas, se os rumos forem os mesmos. Um exemplo disso é o centroavante Henrique Coelho, rapaz simples e humilde, que conquistou a torcida com sua raça e fome de gol. Quando a bola chega para ele em boas condições, o grito de gol é quase certo. Quando a pelota não chega, vai buscá-la, briga por ela, disputa, enfim, um típico queridinho da torcida. Já marcou três vezes pela Águia, inclusive os dois que deram a vitória ao time na última partida.
Outro que tem se destacado, apesar de não ter ido bem na última partida, é o menino Radsley, como já ficou conhecido. Ele nem é tão menino assim, já conta com mais de 20 anos nas costas, mas a torcida assim o chama. Rápido e habilidoso, o garoto ainda bate forte na bola e tem personalidade.
Outra figura que tem se destacado no FFC, apesar de quase não estar jogando, é o zagueiro David Luis. Seu carisma e sua educação chamam atenção dos torcedores. As crianças o adoram, a exemplo do xará da seleção brasileira.
Quem já faz parte da história e agora está escrevendo um novo capítulo é o ex-seleção brasileira Maurinho. Só o que já havia feito no passado pelo Fernandópolis seria o suficiente para ficar gravado nos anais da história fernandopolense, porém, decidiu ir além.
Aos 36 anos de idade, sua qualidade técnica poderia estar sendo aproveitada por qualquer time do Brasil, mas ele optou por jogar em seu time do coração e está dando o seu melhor. Não é à toa que carrega a braçadeira de capitão.
Na beira do gramado o técnico José Carlos Cordeiro, o Carlinhos, também têm seu capítulo garantido, caso consiga levar o time à divisão superior, como fez com o Nacional.
Personagens à parte, o FFC, mesmo que por algumas vezes tenha capengado, não sai do coração do fernandopolense e sempre fará parte da memória da cidade.
