Vendedor surpreende com ação social em aniversário e arrecada 500 litros de leite

20 de Agosto de 2025

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Vendedor surpreende com ação social em aniversário e arrecada 500 litros de leite

Um aniversário no mínimo diferente dos demais. No lugar de presentes ou ingredientes para festa, caixas de leites. Esta foi a ideia do fernandopolense Luiz Carlos José da Silva, o “Luizinho”, vendedor da Dibral, distribuidora da Ambev. Em uma ação social, Luiz conseguiu arrecadar em seu aniversário de 41 anos, 42 caixas -  com 12 unidades – um total de 504 litros de leite, que foram doados ao Parque Residencial São Vicente de Paulo, o asilo de Fernandópolis. “Eu queria já ter feito no ano passado, quando completei 40 anos. Sempre pensei em fazer algo nesse sentido, já que sempre gostei de ajudar. Não sei explicar, é algo que sempre tive comigo, vai muito da índole do ‘caboclo’, contou ele.

No último final de semana, estiveram reunidos familiares, amigos e colegas de serviço que se solidarizaram com a proposta. “Foi bem bacana, porque além e comemorar o aniversário do Luizinho nós colaboramos com uma entidade tão importante na cidade. A gente espera que a moda pegue”, contou Julio Pontes, também vendedor da Dibral.

A entidade tem um consumo médio diário de 40 litros de leite, ou seja, a quantidade arrecadada com ação social promovida no aniversário de Luiz Carlos será suficiente para suprir as necessidades do asilo por 12 dias, em uma simples comparação. “A intenção é não só de ajudar, mas de dar o exemplo. Embora seja bastante para uma simples ação em uma festa de aniversário, não representa muito em quantidade para uma entidade. Porém, eu acredito que o importante é o exemplo que fica. Com certeza outras pessoas vão ter uma atitude como essa também. Uns três amigos já me disseram que vão fazer a festa neste mesmo molde este ano, seja com leite, alimentos, fraldas, o que for. O importante é a consciência que essa ajuda é bem-vinda às entidades”, disse Luiz.

O desejo de ajudar sempre esteve presente na vida do vendedor, que passou por situações parecidas, porém, sempre sem alardear. “Gosto de fazer por simples vontade de ajudar, sem querer algo em troca ou me aparecer. Isso ocorreu várias vezes”, disse ele se referindo a ajudar as pessoas em situações adversas.

Relutando até mesmo em conceder entrevista ao CIDADÃO, temendo por interpretações maldosas, com muita simplicidade, Luiz atendeu nosso chamado e relatou algumas experiências que comprovam o voluntarismo intrínseco. “Uma vez eu passei em frente o antigo ‘postão’ e vi uma garotinha com o pai dividindo um pacote de bolacha. Ela correu lá para dentro e buscou um copo d’água e voltou. Imaginei que estivessem na fila há bastante tempo e com fome. Pedi para entregarem dois salgados e dois refrigerantes a eles sem dizer quem havia mandado e apenas observei para ter a certeza de que entregariam. Creio que dessa forma, sem alarde, aumenta a fé da pessoa, e isso é bom”, contou.

Um outro episódio em que o voluntarismo falou mais alto, ocorreu em uma igreja da cidade onde Luiz Carlos frequentava. Ao notar uma criança chorando intermitentemente, alternando entre chorar e mamar a mamadeira que a mãe insistia em lhe dar como solução para o choro, o vendedor pediu para que uma amiga conferisse o que havia na mamadeira. Ao constatar que não passava de água com açúcar, ele aguardou o término do culto e observou onde a mãe da criança residia. No dia seguinte ele comprou uma caixa de leite – 12 unidades- e pediu para que um garoto entregasse na residência da mulher. No instante em que recebeu, ela ajoelhou-se e agradeceu a Deus, sem saber quem ofertara o alimento.