Com intuito puro e simples de apresentar um pouco do cotidiano como jovens cientistas estudantes de universidades públicas e incentivar alunos da rede estadual de ensino a buscarem áreas de Ciências Exatas, especificamente, Química, Física e Matemática, cinco alunos estudantes da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) e USP (Universidade de São Paulo) criaram o “Projeto PI”, em alusão ao símbolo abrangido pelas três áreas do conhecimento.
Os fernandopolenses, ex estudantes de escolas públicas Bruno Pereira, formado em Engenharia de Alimentos e mestrando em Física (USP), Agede Marassi, mestrando em Física (USP) e Eduardo Maschio, doutorando em Física (USP), se uniram a Victor Travagim, mestrando em Educação (Ufscar) e Fernando Yoshio estudante de Matemática (USP) e criaram um projeto sem fins lucrativos, à parte das atividades universitárias para tentar reparar a carência de formados nas áreas de ciências exatas.
“Em muitos casos, estas carência é devido ao não conhecimento de forma adequada dos campos de atuação, pensando sobre isso,
resolvemos nos envolver no ideal de semear interesse de alunos com potencial a buscarem as áreas de Química, Física e Matemática”, contou Bruno Pereira.
Segundo ele, além de incentivar os estudantes, principalmente do último ano do ensino médio, a buscar tais áreas, os alunos querem passar parte de suas experiências como jovens cientistas que deram seguimento aos estudos. “Queremos mostrar como é nosso cotidiano, não apenas sobre as áreas e o vasto campo de atuação em um centro te expansão tecnológica como é São Carlos e a capital, mas também passar para eles as responsabilidades de morar sozinho e os mecanismos facilitadores para ingressar em uma faculdade pública como fizemos. Já vivemos a realidade de Fernandópolis e sabemos que muitos deles não têm ideia de como podem crescer em um mercado aquecido como aqui (São Carlos)”, contou Pereira, que estudou na EELAS, no ensino médio.
Para colocar o Projeto “PI” em prática, os estudantes tiveram a ideia de promover palestras individualmente com cada escola em Fernandópolis e encerrar o ciclo com duas palestras com expoentes das áreas. Para aproximar a sociedade e os jovens cientistas, eles realizarão um evento de três dias, os dois primeiros (7 e 8 de maio) com palestras ministrados pelos cinco, que estarão divididos em dois grupos, em palestras de 1h para cada escola. Eles abordarão temas relacionados à profissão, atuação, pesquisa, estrutura das faculdades, mercado de trabalho e como realizar a inscrição para o vestibular vindo de escola pública.
O ensino médio de Fernandópolis é composto por 640 alunos que terão as palestras na própria escola. Já o terceiro dia, 9, as palestras serão no Teatro Municipal com uma mesa redonda no final da segunda palestra para sanar dúvidas dos alunos. A primeira palestra será com Bruno Pereira cujo tema é próprio projeto, às 12h30 e na sequência o professor autônomo Bruno Moreti Tosti, mestre em Educação discorrerá sobre “O que você quer ser quando crescer? Os segredos para o sucesso no vestibular”. Já às 14h30, será a vez doutorando em Física pela USP, Ramon Gabriel Rosa, que atua no grupo de óptica do Instituto de Física de São Carlos.
Em breve o Projeto estará disponível em um portal eletrônico que já está em fase de finalização.