Jovem de Fernandópolis organiza encontro regional de grafite

20 de Agosto de 2025

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Jovem de Fernandópolis organiza encontro regional de grafite

Fernandópolis receberá amanhã, 19, um dos maiores eventos de graffiti da região. O encontro, que foi batizado de “Mutirão UCR, Cores e Valores” envolverá artistas de Rio Preto, Votuporanga, Jales, Tanabi, Mirassol, Birigui, Penápolis, além, é claro, dos da cidade. Eles irão aplicar sua arte nos 110 metros muros do antigo Tênis Clube, que recebeu essa semana, uma camada de tinta preta para que seja novamente colorido pelos artistas.

O evento foi organizado pelo artesão fernandopolense Carlos Eduardo Venturini da Silva, um apaixonado pela arte do graffiti, que decidiu ir além do que simplesmente desenhar em paredes.

“A essência do graffiti é a rua. É algo que nós fazemos, mas que fica como um bem para a cidade, pois quem passa e olha, tem olhares diferenciados, cada um vê a arte no muro de uma maneira. Como nossa inspiração vem das ruas, pedimos para que cada participante trouxesse roupas para doarmos aos moradores daquele local (antigo Tênis) que estão em situação de rua. Também daremos almoço a eles e lanche para todos os participantes”, explicou o idealizador do projeto.

A história de Venturini com o grafite começou quando ele ainda era criança, no momento em que descobriu sua habilidade para desenhar. A partir daí, começou a gostar de graffiti e passou a praticar com os primeiros de grafiteiros de Fernandópolis. “Comecei com o Junior, e o pessoal da antiga SB Crew. Depois fui buscando cada vez mais e me identifiquei com

essa arte, por interagir totalmente com o ambiente a ser trabalhado”, completou o artista.

Perguntado sobre a diferença entre o vandalismo (pichação) e a arte, Carlos Eduardo afirmou que há uma distância muito grande entre as duas.

“A pichação e o graffiti estão em um paralelo, mas o graffiti tem o compromisso muito maior com as cores, técnicas, mensagens, estética, manifesto, arte, e autorização. Enquanto a pichação é apenas manifesto e mensagem de forma rápida e invasiva. A arte do graffiti no Brasil não foge muito das demais artes, ou seja, não conta com muito apoio do governo. Porém essa falta é suprida pela perseverança e paixão a nossa cultura. O preconceito é algo que vem de quem não tem vivência com essa arte”, concluiu.