Fátima Cáfaro e Tais Semenzati Marson ficaram em 5º lugar na competição realizada em Santos
Fernandópolis fez bonito no 24º Triathlon Internacional de Santos TPT 2015. Na categoria revezamento, a dupla Fátima Cáfaro e Tais Semenzati Marson ficaram em 5º lugar e subiram no pódio conquistando o melhor resultado da história da cidade na competição. Porém não foram somente mulheres da “Terra Moça” que representaram a cidade no Triatlon Internacional, Humberto Cáfaro e Valdir Erédia também foram bem e ficaram na 13ª colocação.
A competição foi realizada no último domingo, 1º, no Boqueirão. Como estavam em duplas, diferentemente das demais equipes, o esforço precisou ser redobrado por parte de um dos dois componentes, já que a prova consiste em revezamento na natação, ciclismo e corrida.
Como a especialidade de Fátima é a corrida, coube a Tais nadar e pedalar.
“Participar desta prova foi superar as expectativas, pois a prova por si só já é muito difícil, conseguir um resultado como este foi realmente uma surpresa, principalmente por se tratar de um evento internacional. Por exemplo, a lenda viva do triathlon o australiano Craig Alexander, os ingleses Tim Don e Rachel Joyce, a inglesa Rachel Joyce,e os brasileiros Fábio Carvalho (SP), Diogo Sclebin (MG), Guilherme Mannochio (PR) e Thiago Vinhal (MG) abrilhantaram o evento e mostraram sua força na competição de estreia. A cada ano tenho melhorado a minha marca apesar da nossa idade estar pesando a cada ano que passa”, contou a educadora física e esportista Fátima Cáfaro que representou a classe feminina de Fernandópolis pela terceira vez.
Pedalando há menos de um ano, Tais também provou sua força no ciclismo além de nadar em mar aberto com muitas ondas, vento e, claro, muito calor. “Fiquei muito feliz com meu resultado. Me sai melhor no ciclismo, pois executei uma média melhor da que vinha executando nos treinos”, disse ela que teve apoio incondicional do marido.
A conquista se torna ainda mais relevante pelo fato dos fernandopolenses não terem tido um treinador específico para Triatlon além do interior não ter tanta força neste tipo de competição.
“Numa prova como essa o interior é minoria total. E nós treinamos praticamente sozinhos com ajuda dos companheiros e educadores físicos.
Mas esporte é vida, e a sensação de superar limites é maravilhosa”, contou Tais.
Fora isso, outra dificuldade é a falta de incentivo ao esporte de maneira geral. “As dificuldades são muitas, preço dos equipamentos, gastos com viagens, inscrições e rotina de treinos. Além de Fernandópolis ser muito carente em locais apropriados para treinamentos e provas que possam servir como preparação”, disse Fátima Cáfaro que não conta com nenhum patrocinador.
Questionada sobre o interesse das mulheres de Fernandópolis no esporte, Fátima vê com bons olhos a evolução. “As mulheres principalmente em nossa cidade sempre tiveram tradição de participar de maneira competitiva de alguma modalidade, mas sempre em pequeno número com grandes destaques, esta realidade tem mudado nos últimos anos, tenho visto muitas mulheres, correndo, nadando, pedalando e principalmente na academia creio que em breve mais atletas de ponta vão surgir em nossa cidade. Mas creio que falta ainda um pouco de estrutura e incentivo ao esporte competitivo nas escolas, para cativar os jovens”, destacou ela.
Porém em meio a todas estas dificuldades, a corredora Fátima que sempre representa Fernandópolis se mostra gratificada com a conquista suada. “Foi muito interessante e gratificante, pois em momento algum você esquece suas origens e todas as dificuldades e apoio que encontra em seu rincão, e por outro lado um orgulho pois via a "cara" de surpresa das pessoas ao descobrirem que um tal de Fernandópolis (que não é Florianópolis) é capaz de produzir atletas que sobem no pódio do Triathlon Internacional de Santos.
