O calor em Fernandópolis parece que a cada dia está mais insuportável. Os termômetros já iniciam o dia na casa dos 30º e a temperatura aumenta durante o dia todo. Do início do ano para cá, várias chuvas ocorreram, e ainda assim, os termômetros continuam em elevação, ficando difícil de se achar algo de positivo quando o assunto é o calor.
No entanto, um fato inusitado ocorreu em Fernandópolis e a cidade teve um ganho no que diz respeito ao desenvolvimento e economia. Surpreso com o forte calor da cidade, um morador de Itapeva, ávido por se tornar dono do próprio negócio enxergou em Fernandópolis o local ideal para montar seu próprio empreendimento: uma sorveteria.
Reza a cartilha do bom empreendedor, que além de identificar a carência do mercado, é preciso analisar os fatores que vão contribuir para o sucesso de sua empresa. Foi assim com o eletrotécnico Valdir Lopes Moraes, que ao lado da esposa Renata Belote dos Prazeres Moraes inaugurou em Fernandópolis, no dia 7 de janeiro, a Gygabon Sorvetes.
“Eu já conhecia a cidade pelo fato da minha esposa ser daqui. Mas, no último feriado de Natal e Ano Novo que viemos para cá eu me impressionei com o calor. Como eu havia saído da empresa onde eu trabalhava em novembro, eu já estava querendo montar algo para nós. Foi aí que parei para pensar: ‘se em Itapeva que é frio e chove bastante a Gygabon é a franquia que mais vende na cidade, em Fernandópolis que é um calor escaldante vai vender muito mais’, contou ele.
Valdir conta que já era cliente da sorveteria em Itapeva e que já conhecia a qualidade do produto. “Resolvi montar uma franquia em Fernandópolis por conhecer a qualidade do sorvete, por Fernandópolis estar situada em uma região de prainhas e também por estar mais próximo da família da minha esposa”, disse ele.
A diferença dos produtos da nova sorveteria de Fernandópolis para os demais é o fato de não contar com gordura vegetal e nem emulsificante na receita, o que deixa o sorvete mais leve, consistente, saboroso e, acima de tudo, mais saudável. A Gygabon, cuja matriz fica em Marília existe há 45 anos e utiliza leite em pó integral, cacau no lugar no chocolate em pó e frutas de qualidade. “O patrão experimenta as frutas que serão adquiridas antes de deixar que adicione a receita. Se um abacaxi está muito doce ou muito azedo, por exemplo, ele descarta e vai atrás de outro. O padrão de qualidade é muito alto”, explicou o comerciante.
A sorveteria, que tem ambiente climatizado, conta com 36 sabores de massa e 31 de picolés, todos recheados. Estabelecida na Rua Rio Grande do Sul, nº 1.691, a Gygabon já tem recebido elogios de quem provou o sorvete. No momento em que a equipe de reportagem do CIDADÃO esteve no estabelecimento entrevistando o proprietário da franquia, uma cliente adentrou ao salão com sua mãe e logo disse: “trouxe minha mãe para provar também”.
“Eu já havia experimentado para saber se era diferente pelo fato de não ter gordura e gostei muito. É mais leve, mais saboroso e derrete rapidamente na boca. Aí, trouxe minha mãe, pois havia feito propaganda para ela”, contou a cliente Juliana Raquel.
Feliz com os resultados do primeiro mês na quente Fernandópolis, ele conta que a expectativa é de melhor ainda mais. “O resultado já é bem melhor do que nós esperávamos, mas ainda vai melhorar mais. Não fizemos divulgação, apenas no ‘boca a boca’, e tem dado certo, quem prova volta novamente e traz mais pessoas. É bom para nós e para a cidade que tem mais uma opção nessa região onde já tem o lanchódromo, um restaurante de comida japonesa, o Açaí... Quando os brasileiros entenderem que o sorvete é um alimento completo, as sorveterias lucrarão muito mais, assim como em outros países onde o consumo é dez vezes maior que no Brasil”, destacou Valdir, que estudou Engenharia Elétrica e tem utilizado os cálculos aprendidos para gerenciar o novo negócio.
A sorveteria funciona das 10h às 00h e está contratando revendedores do produto. Os interessados podem comparecer ao estabelecimento em horário comercial. “Não adianta só ficar atrás do balcão, é preciso expandir”, concluiu.