Dona Antônia pede ajuda para cuidar da filha

20 de Agosto de 2025

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Dona Antônia pede ajuda para cuidar da filha

Essa semana uma carta enviada ao programa Rotativa no Ar da rádio Difusora comoveu a população fernandopolense. As más traçadas linhas traziam a comovente história de uma senhora de 63 anos de idade, que atualmente encontra dificuldades para cuidar de sua filha de 30 anos que sofreu paralisia cerebral. 
Dona Antônia Alves Ferreira é mãe de Alessandra Emanuela Alves Ferreira, diagnosticada aos dois anos com paralisia cerebral. Elas vivem hoje em uma das 577 casas do Jardim São Francisco, depois de 20 anos pagando aluguel. 
A casa própria não poderia ter vindo em momento melhor, já que Alessandra precisa dos cuidados da mãe 24 horas por dia, o que impossibilita dona Antônia de trabalhar. As duas sobrevivem de benefícios sociais.  
“Eu recebo o ‘Renda Cidadã’ (R$80) e ela o benefício do INSS (R$800) e é com isso que pagamos nossas continhas. O problema é que a maioria desse dinheiro já está comprometido com os materiais que comprei para fazer o muro aqui de casa. A malandragem aqui é muito grande e não dava para dormir tranquila com a casa toda aberta”, explicou a mãe de família. 
Apesar de terem se livrado do aluguel, o que mais pesava no orçamento de casa, surgiu um novo e mais complexo problema: ainda não se sabe o motivo, mas elas não foram contempladas com uma das casas adaptadas para pessoas com deficiência, que possuem cômodos com portas mais largas para a  passagem de cadeira de rodas. 
“Quando fomos sorteadas me falaram que íamos para aquelas casinhas especiais, mas quando peguei a chave era essa aqui mesmo. Não posso reclamar. Estou muito feliz por não ter que pagar aluguel. O problema é que tudo nela é pequenininho e é difícil cuidar da minha filha, já que não passa cadeira de rodas”, completou dona Antônia. 
A equipe de CIDADÃO esteve no local e constatou o problema. Mal há espaço para uma pessoa, quiçá, para uma cadeira de rodas. Sendo assim, a única forma de Alessandra se locomover no imóvel, é no colo de dona Antônia. Tarefa árdua para uma senhora nessa idade. 
“Fiz isso por 30 anos. Ela é minha filha e a responsabilidade é minha. Acontece que minha coluna não aguenta mais”, disse. 
Para dar banho em Alessandra, a mãe teve que improvisar comprando, com as poucas economias que tinha,  uma cadeira de área para dar banho na filha. Todos os dias é a mesma coisa, a mãe coloca a cadeira no banheiro, fazendo quase um malabarismo devido às dificuldades, e depois leva a filha nos braços até o chuveiro.
 A CAMPANHA 
Diante do drama dessa família, a equipe da Difusora abriu uma campanha solidária no programa radiofônico com o intuito de arrecadar materiais de construção para a ampliação do imóvel. 
“Sobrou um espacinho no terreno aqui de casa. Queria levantar um puxadinho para fazer um quarto e um banheiro aberto, que caiba a cadeira de rodas para eu poder dar banho nela sem ter que pegar tanto peso”, completou. 
Os ouvintes da emissora logo corresponderam à solicitação e iniciaram uma série de doações. Ela já ganhou 1500 tijolos, madeiramento e telhas, além de pedras e areia. Ela ainda precisa de cimento, canos para a tubulação do banheiro, vaso sanitário, pia e materiais para acabamento. Além, é claro, da mão de obra, que é o mais caro. 
Quem quiser e puder ajudar nessa campanha pode entrar em contato com a rádio pelo telefone 3442 2666, com o CIDADÃO pelo telefone 3442 6622, ou entregar direto para dona Antônia. O endereço dela é: Rua Catarina Morelli Gros, 1071, Jardim São Francisco. Toda a doação será bem vinda.