Fé não se discute e sim se respeita. Muito tem sido questionado sobre os investimentos suntuosos da igreja Universal do Reino de Deus para a construção do famigerado “Templo de Salomão”, no bairro do Brás, em São Paulo. Para uns, tamanho investimento não seria necessário, para outros a busca por um caminho com Deus não tem preço.
Para quem ainda não ouviu falar sobre a obra em questão, trata-se de uma réplica do templo erguido pelo rei Salomão em Jerusalém e destruído pelos babilônicos no ano 556 antes de Cristo.
O templo brasileiro, com 126 metros de comprimento, 104 metros de largura e 55 metros de altura, em uma área construída de mais de 100 mil metros quadrados, tem recebido cerca de 13 mil fiéis por dia. Dentre esses visitantes estão alguns fernandopolenses, como é o caso da família de Ana Maria Berlandi.
“Foi a melhor sensação da minha vida. É tudo lindo, bem organizado e a paz de espirito ao entrarmos naquele lugar sagrado é muito grande. Sai de lá renovada. Todo cristão deveria passar por essa experiência”, disse.
O marido de Ana, André Fernando Berlandi, também ficou maravilhado com a grandiosidade do templo. “Além do tamanho e da beleza, é claro, o que mais chama atenção é a organização. A visita que fizemos ao local foi muito boa”, destacou.
A obra durou quatro anos e custou R$ 680 milhões aos cofres da igreja. Dinheiro este que, em parte, saiu da doação de fiéis, como Jucelia Lima Campos, outra fernandopolense que também visitou o templo.
“Foram R$ 680 milhões gastos para salvar almas. Se salvar apenas uma, já valera o investimento. Tenho muito orgulho de ter ajudado, com pelo menos um pouco”, completou.
O TEMPLO
Como já mencionado, são 100mil metros quadrados de área construída e para isso foram utilizados 28 mil metros cúbicos de concreto e quase 2 mil toneladas de aço. O prédio frontal tem 11 andares e mede 55 metros de altura. Já o prédio dos fundos tem cerca de 41 metros de altura.
Todo o piso do templo e o altar são revestidos com pedras trazidas de Israel. O altar traz a Arca da Aliança, descrita na Bíblia como o local em que Salomão construiu para guardar os Dez Mandamentos no primeiro templo, em torno do século 11 a.C, em Jerusalém.
O complexo conta ainda com escolas bíblicas com capacidade para comportar cerca 1.300 crianças, estúdios de tevê e rádio, auditório, além de hospedagem para os pastores.
Os dois andares subterrâneos são de estacionamento, que conta com cerca de 1.200 vagas para veículos. Na área externa, foi criado um memorial, no subsolo, com 250 metros quadrados e com o pé direito triplo integrado ao paisagismo por um espelho d’água.