Com apenas quatro meses de idade, porquinha recebe mimos da família e é atração do bairro
“Desde os 15 anos eu dizia que queria ter um porco”. Assim, o que hoje é um “sonho realizado”, começou como uma ideia do próprio Gabriel Henrique, estudante de 19 anos.
O sonho de Gabriel poderia ser descrito como “inusitado”, já que era apenas ter um porco de estimação. “Tenho um amigo de São João das Duas Pontes que tem porco, mas ele nunca me deu um filhote porque dizia que eu não conseguiria criar no quintal de casa”, disse. Desta forma, Gabriel provou que seu amigo estava equivocado. Hoje, o estudante é dono de Manu, uma porquinha de quatro meses que não tem do que reclamar: recebe alimentação, tratamento de pele, cuidados veterinários e mimos de Gabriel e sua família.
Mas como começou essa história? De fato, comprar um porco não é fácil. Foi necessário vasculhar os classificados rurais da região para encontrar filhotes à venda. “Minha cunhada viu no ‘classificados Rio Preto’ uma moça vendendo”, contou, e foi a partir disso que Gabriel a adicionou no facebook para começar a negociação, até que ela se concretizou. Quanto custou? “Apenas” R$500.
“Fui a Rio Preto buscar ela com meu irmão, cunhada e um amigo. Paguei barato porque ela já tinha três meses quando comprei. Um filhote mais novo chega a custar R$1200”, explicou.
No ultimo dia 1, completou um mês da estadia de Manu – nome do qual a porquinha já atendia quando morava em Rio Preto, na casa de Gabriel. Por mais que no começo houvesse receios, o estudante conta que hoje todos da casa já pegaram amor no bichinho. Tanto que, no mês passado, quando Manu começou a se sentir mal, chegaram a leva-la no veterinário.
“Os veterinários não sabiam como tratar dela, porque era a primeira porca de estimação que eles recebiam na clínica [da Unicastelo]. Eles pediram pra eu retornar depois de alguns dias, tempo suficiente para se especializarem em como medicar suínos”, disse Gabriel. Além disso, Manu recebe inúmeros outros cuidados. A pele suína não tem porosidade, o que os impede de soar. É por esse motivo que eles gostam de lama, aliás, que precisam dela: para a hidratação da pele. Como não é possível fazer um chiqueiro no quintal de Gabriel, os cuidados com a pele de Manu são feitos com cremes hidratantes.
A alimentação da porquinha é balanceada. Come ração de coelho e frutas, se não for assim, o risco dela ter diarreias é maior, pois outros alimentos podem causar fermentação estomacal. E no geral, Manu é muito educada, até mais do que muitos cães. Segundo Gabriel, que deixa a porquinha dormir no seu quarto todas as noites, ela acorda às 5h todos os dias para comer algo, e depois para fazer necessidades. “Ela faz tudo no mesmo lugar, todos os dias”.
E para quem pensa que ter um porco de estimação não é tão divertido quanto ter um cachorro, Gabriel atesta que sua “pet” é tão brincalhona quanto qualquer cão. “Ela pega almofadas, corre, brinca, mas de vez em quando ela também faz algumas artes, como derrubar a fruteira para comer banana, sua fruta favorita”, brincou.
Manu é a estrela do bairro. Quando seu dono chega do trabalho, às vezes passeia com sua amiga nas calçadas do Coester. É aí que crianças e até mesmo adultos param para ver a porquinha de perto, tiram fotos, acariciam e se divertem. Enfim, que tal ter um porquinho?
