Homem de 72 anos é preso em Jales suspeito de envenenar cães com "chumbinho"

20 de Agosto de 2025

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Homem de 72 anos é preso em Jales suspeito de envenenar cães com "chumbinho"

Um homem de 72 anos foi preso na tarde desta terça-feira (21) em Jales, investigado por envolvimento em uma série de mortes de cães, supostamente por envenenamento com "chumbinho", uma substância altamente tóxica e de uso proibido no Brasil.

A prisão preventiva foi decretada pela Justiça após a confirmação da sexta morte de um animal, conforme informou o delegado responsável pelo caso, Marcel Farinazzo. O suspeito foi detido em sua residência, localizada no bairro Jardim América. No local, a polícia apreendeu porções de "chumbinho" e um aparelho celular que será periciado. Durante a abordagem, o idoso preferiu não se pronunciar sobre sua suposta participação nos crimes.

A investigação teve início após a divulgação de imagens registradas por uma câmera de segurança no dia 15 de outubro que  mostram um homem arremessando uma sacola por cima do portão de uma residência. Pouco depois, ele entra em um carro e vai embora. Em seguida, uma cadela da casa pega o conteúdo da sacola e começa a apresentar sinais de intoxicação, como diarreia, salivação intensa, convulsões e espuma branca na boca. O animal morreu horas depois.

Após a repercussão do caso, a Polícia Civil recebeu diversas denúncias semelhantes. Em um registro datado de 8 de outubro, um tutor relatou que seu cachorro da raça beagle, de dez anos, morreu após ingerir uma substância encontrada em uma sacola na calçada em frente à sua casa. O animal apresentava vômito, manchas no corpo, diarreia e também espuma na boca. A equipe do setor de Zoonoses foi acionada e orientou o descarte do corpo em um aterro sanitário.

Outro caso foi registrado no dia 16 de outubro. Uma cachorra sem raça definida, de aproximadamente oito anos, foi encontrada pelo tutor embaixo do carro da família, já sem vida. O dono localizou, a cerca de 50 metros da residência, vestígios de uma substância semelhante ao "chumbinho" na guia da calçada. O animal foi enterrado sem passar por exame necroscópico.

Todas as ocorrências foram registradas como crime de maus-tratos contra animais, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais. A Polícia Civil continua as investigações para apurar se todos os casos estão de fato relacionados ao mesmo suspeito.