Sete em cada dez fernandopolenses usam carro ou moto para chegar ao trabalho

Dados do IBGE também revelam diferenças salariais entre homens e mulheres e mudanças no perfil do trabalho na cidade

20 de Agosto de 2025

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Sete em cada dez fernandopolenses usam carro ou moto para chegar ao trabalho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) novos recortes do Censo Demográfico 2022, revelando um panorama detalhado da ocupação, renda e deslocamento da população brasileira. Em Fernandópolis, os dados trazem à tona importantes aspectos da dinâmica de trabalho local e das desigualdades ainda presentes no mercado.

A forma como os trabalhadores se desloca diariamente revela muito sobre a infraestrutura e o acesso ao transporte na cidade. Sete em cada dez pessoas (70%) utilizam carro ou moto para chegar ao trabalho em Fernandópolis. Isso é explicado pela tamanho da frota de automóveis e motos na cidades. São 31,4 mil carros e 18,3 mil motos/motonetas registrados na cidades.

Apenas, 6,3% dos fernandopolenses utilizam o transporte público.

De acordo com os números do IBGE, 43% das pessoas utilizam o automóvel como principal meio de transporte para o trabalho. Em seguida, a motocicleta aparece com 28%, evidenciando a popularidade do veículo como alternativa econômica e ágil.

Ainda assim, uma parcela significativa da população vai a pé: 15% dos trabalhadores caminham até o local de trabalho, o que pode indicar proximidade, mas também possíveis limitações no acesso ao transporte público ou particular. Outros 4,9% utilizam a bicicleta e 2,7% outros meios.

DESIGUALDADE SALARIAL

A renda média mensal dos trabalhadores fernandopolenses é de R$ 2.849,16, mas os dados mostram um abismo entre homens e mulheres.

Enquanto eles recebem, em média, R$ 3.221,70, elas ganham R$ 2.381,64 — uma diferença de quase 26%.

A renda domiciliar per capita na cidade é de R$ 1.854,00, e o trabalho tem um peso importante na composição da renda total: representa 74% do rendimento das famílias locais.

PERFIL DO EMPREGO

Em relação ao vínculo empregatício, a maioria dos trabalhadores de Fernandópolis atua no setor privado: 50,7%.

O trabalho por conta própria também tem forte presença, alcançando 26% da população ocupada. Os demais vínculos incluem: Setor público: 2,9% e militares e bombeiros: 0,5%

Em nível nacional, o IBGE aponta que apenas 53,3% da população estava ocupada em 2022, um recuo em relação aos 57,2% registrados em 2010, o que reflete os impactos econômicos da última década, inclusive da pandemia de Covid-19.

Os dados do Censo ajudam a entender os desafios e as necessidades da população fernandopolense. A alta dependência do transporte individual, a desigualdade de gênero nos rendimentos e o grande número de trabalhadores por conta própria são indicadores que podem nortear políticas públicas locais nos próximos anos.