Artista fernandopolense será sepultado no Cemitério da Consolação
-(Matéria atualizada) - Morreu neste domingo (5)| em Jataí (GO), o artista fernandopolense Onivaldo Aparecido Loverde, aos 73 anos. Ele estava em Jataí (GO) com familiares, dado o agravamento do quadro de saúde. O corpo foi transladado para Fernandópolis para o sepultamento. Segundo informou a Empresa Funerária Fernandópolis, que cuida do funeral. o corpo já está sendo velado no Velório Municipal e o sepultamento ocorrerá às 14 horas no Cemitério da Consolação.
Onivaldo Loverde, o filho do “seo” Pedro Loverde de quem herdou a arte de esculpir, integrou uma geração de artistas em Fernandópolis que fez a cidade ser reconhecida como “celeiro das artes”. Pedro Loverde, o pai de Onivaldo, morreu também em um domingo, 27 de agosto de 2023, aos 98 anos.
Em 2020, poucos dias antes de Fernandópolis entrar em quarentena por causa da Covid-19, pai e filho receberam CIDADÃOnet para uma entrevista para celebrar o Dia Mundial do Artesão comemorado no dia 19 de março.
Pai e filho caminharam juntos pela história da arte. Considerado um artista primitivista, Pedro Loverde usou como temática de suas obras a observação das coisas de campo, como carros de boi e animais e de festas folclóricas como a Folia de Reis. O filho, Onivaldo, decidiu seguir os passos do pai e herdou não apenas genes, mas a habilidade e a paixão pela escultura. Ele talhava madeira, pedra sabão, argila, concreto celular. Onivaldo foi autodidata, desenhista, pintor, escultor, gliptográfico. Natural de Fernandópolis, desde 1976 militava no campo das artes. Os instrumentos, além do velho canivete, o formão-goiva, o formão chapado, a lixa, a grosa e a enxó, representam agora a história de um artista com obras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.
A entrevista "Artistas da nossa terra" (CLICK para ler) com Onivaldo Loverde, na época com 68 anos, foi publicado por CIDADÃOnet no dia 14 de março de 2020. Na entrevista, perguntado até quando pretendia esculpir, respondeu: "Até o dia que morrer. Enquanto tiver vida vou continuar esculpindo".
