Projeto clínico digital da SlimPass alia diferentes especialidades no cuidado à saúde e conquista boa aceitação entre os beneficiários
A obesidade, um dos principais desafios de saúde pública no Brasil, também afeta de forma significativa os beneficiários da Associação Policial de Assistência à Saúde (APAS) de Fernandópolis.
Levantamento interno realizado entre 16 de junho e 1º de julho de 2025, com 222 participantes, revelou que 84,7% dos associados estão acima do peso ideal, com média de IMC em 29,5.
Do total de participantes, 31% foram diagnosticados com obesidade grau I, seguidos por 8,1% com grau II, 2,7% com grau III e 0,4% com grau IV. Além disso, 76,1% dos beneficiários apresentam ao menos uma comorbidade associada, como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol elevado, doenças articulares e transtornos mentais, como ansiedade e depressão.
Diante do cenário preocupante, a APAS Fernandópolis firmou uma parceria com a healthtech SlimPass, especializada em programas digitais de saúde. O novo modelo oferece acompanhamento remoto, contínuo e personalizado, unindo especialidades como nutrição, endocrinologia e psicologia em um único canal de cuidado.
"O que mais nos atraiu foi a centralidade no paciente e a integração entre as áreas médicas. Antes, cada beneficiário precisava buscar esse suporte por conta própria", afirma Ivan César Belentani, presidente da APAS Fernandópolis.
O modelo digital tem sido bem recebido pelos beneficiários e já começa a mostrar impacto positivo. Para Igor Castor, CEO da SlimPass, a tecnologia é uma aliada poderosa na prevenção e no tratamento da obesidade:
"Nosso objetivo é tornar o cuidado mais acessível, eficiente e personalizado. O formato digital possibilita um acompanhamento mais próximo, mesmo à distância, facilitando a construção de novos hábitos e o controle de comorbidades."
A pesquisa também revelou outros dados relevantes sobre o estilo de vida dos beneficiários: 58,5% são sedentários; 39,6% dormem menos de 7 horas por noite; 41,9% relatam sono não reparador; apenas 6,3% seguem a recomendação de 5 a 6 refeições por dia; 77% apresentam padrão alimentar abaixo do ideal.
Mesmo em fase inicial, o programa já demonstra potencial para se tornar referência. “Toda ação preventiva é importante. Acreditamos que esse modelo pode ser expandido e se tornar padrão no cuidado da obesidade em operadoras de saúde pelo país”, destaca Belentani.
Além de promover melhorias na saúde dos beneficiários, a iniciativa também contribui para a sustentabilidade financeira da operadora.
“O emagrecimento reduz riscos e custos com tratamentos de doenças crônicas. É um ganho coletivo”, complementa Igor Castor.
Criada em 1995, a partir do desmembramento da APOMAS de São José do Rio Preto, a APAS surgiu para oferecer atendimento médico-hospitalar à família policial militar no interior paulista, após a interrupção dos serviços da Cruz Azul. Com um modelo baseado na autogestão, solidariedade e gestão participativa, a entidade é reconhecida pela ANS (nº 40.941-3) como operadora de plano de saúde sem fins lucrativos.