Acusado de atropelar 16 pessoas durante protesto de bolsonaristas será julgado pelo Tribunal do Júri

Julgamento está marcado para quinta-feira no Fórum de Mirassol

20 de Agosto de 2025

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Acusado de atropelar 16 pessoas durante protesto de bolsonaristas será julgado pelo Tribunal do Júri

Na próxima quinta-feira (18), o Tribunal do Júri de Mirassol julgará o professor Israel Lisboa Júnior, acusado de atropelar 16 pessoas durante um protesto de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado em 2 de novembro de 2022, na rodovia Washington Luís (SP-310). O caso teve grande repercussão na época e gerou repercussão em todo o país.

Entre as vítimas estão duas crianças, de 10 e 11 anos, além de dois policiais militares. O protesto ocorria nas imediações do km 450 da rodovia, quando, segundo o Ministério Público, Israel dirigia um VW/Fox no sentido São José do Rio Preto, se deparou com o bloqueio e, após realizar ultrapassagens pelo canteiro central, teria acelerado o veículo contra os manifestantes.

De acordo com a denúncia, o impacto foi violento: vítimas foram arremessadas lateralmente, por cima do capô e até mesmo atingidas pelas rodas do carro. O Ministério Público denunciou o réu por 16 tentativas de homicídio qualificado, com o argumento de que os crimes foram cometidos de forma a dificultar a defesa das vítimas e causar perigo comum.

A Justiça acatou a denúncia ainda em novembro de 2022, determinando que o caso fosse julgado pelo Tribunal do Júri. O juiz Marcos Takaoka, da 3ª Vara de Mirassol, concluiu, com base em testemunhos e laudos periciais, que Israel teria agido com dolo eventual, ou seja, assumindo o risco de matar ao tentar furar o bloqueio.

O professor foi preso em flagrante no dia do ocorrido, logo após ter o carro depredado por manifestantes, mas foi libertado provisoriamente cerca de quatro meses depois. Agora, ele será submetido a julgamento popular, e poderá ser condenado a penas que variam de 6 a 20 anos de prisão por vítima. (Com informações da Gazeta do Interior)