Operação Cegueira Deliberada ocorreu nas cidades de Rio Preto, Votuporanga, Catanduva, Novo Horizonte, Jales e Fernandópolis
A Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou, nesta terça-feira (26), a 3ª fase da Operação "Cegueira Deliberada", etapa regional envolvendo as Seccionais de Polícia São José do Rio Preto, Votuporanga, Catanduva, Novo Horizonte, Jales e Fernandópolis e Deic 5, com o objetivo de reprimir a receptação de metais, especialmente cobre, provenientes de furtos de fios elétricos e de telefonia na região.
Durante a operação, foram vistoriados 60 estabelecimentos comerciais em São José do Rio Preto, Votuporanga, Catanduva, Novo Horizonte, Jales e Fernandópolis.
A ação, coordenada pelo DEINTER 5 com sede em São José do Rio Preto, interior paulista, contou com 248 policiais civis, 94 viaturas, além do apoio de equipes da CPFL e VIVO.
Foram cumpridos 3 mandados de busca e apreensão em Rio Preto e 89 ordens de vistoria em estabelecimentos suspeitos de comercializar metais sem comprovação de origem lícita na região. Quatro prisões em flagrante delito foram efetuadas.
Segundo o delegado Seccional de Rio Preto, Everson Contelli, com as fases anteriores já é possível verificar uma redução no furto de fios. Em muitos estabelecimentos foram encontrados cartazes anunciando que a compra de cobre somente ocorre quando precedido da apresentação de documentos pessoais e demonstração da origem do metal, o que constitui um avanço.
A receptação qualificada não exige prova de dolo direto, exigindo-se que seja provada a origem e demonstrado que o comprador deveria saber tratar-se de produto de crime.
De acordo com a corporação, o trabalho visa desarticular esquemas criminosos responsáveis pelo furto e venda clandestina desses materiais, que causam prejuízos significativos à infraestrutura pública e à população.
Todos foram notificados formalmente acerca da proibição de comércio de metais sem origem nas cidades.
A notificação será utilizada para fundamentar as prisões sem flagrante. Os investigados poderão responder por receptação qualificada, com penas que variam de 6 a 16 anos de reclusão e os autores dos crimes antecedentes por furto, com penas em abstrato de 2 a 8 anos. A Polícia Civil reforça que a cadeia produtiva de sucatas deve adotar controles rígidos para evitar a comercialização de materiais ilegais.
NÚMEROS DA OPERAÇÃO
- Vistorias em 89 estabelecimentos comerciais suspeitos de receptação.
- Cumprimento de 03 mandados de busca e apreensão e apreensão de notas fiscais
- 4 prisões em flagrante delito
- Apoio de equipes técnicas rastreamento de metais.
- 2.046 quilos de cobre
- 15 quilos de alumínio