Peru com pata amputada ganha prótese 3D em projeto inédito de universidade de Fernandópolis

Parceria com a Tech Print Solutions amplia atuação do Hospital Veterinário da instituição em atendimento a animais exóticos

20 de Agosto de 2025

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Peru com pata amputada ganha prótese 3D em projeto inédito de universidade de Fernandópolis

O Hospital Veterinário da Universidade Brasil (UB), campus de Fernandópolis, deu um passo inédito na medicina veterinária ao desenvolver uma prótese 3D personalizada para um peru que teve uma das patas amputadas. A iniciativa, fruto de uma parceria com a empresa Tech Print Solutions, especializada em modelagem e impressão 3D, marca o início de uma nova fase no atendimento a animais silvestres e exóticos.

Fruto de um trabalho multidisciplinar que envolveu profissionais de diversas áreas como veterinária, engenharia e tecnologia, a prótese foi desenvolvida sob medida e está em fase de adaptação, com ajustes para melhor encaixe e conforto do peru, que se chama Roberto Arakaki.

“As próteses em animais são sempre um desafio, porque cada espécie exige um projeto sob medida. No caso do Roberto, consideramos peso, comportamento, tipo de deslocamento e o impacto biomecânico do uso de apenas uma pata. A solução visa oferecer bem-estar, qualidade de vida e evitar possíveis deformidades e dores no futuro”, explica Junior Soares, Médico Veterinário e professor responsável pelo setor de animais exóticos no Hospital Veterinário da Universidade Brasil em Fernandópolis.

Esta é a primeira vez que o HV da instituição realiza um projeto com prótese 3D e Roberto se transformou em um símbolo de inovação e superação. Sem a prótese, ele poderia apresentar sinais de sobrecarga de peso em uma única pata, podendo evoluir para doenças como artrite, artrose e deformações ósseas graves.

“O impacto da ausência de uma pata em uma ave terrestre como o peru é enorme. A prótese permite que ele caminhe normalmente, distribuindo o peso de forma equilibrada e evitando danos à coluna e às articulações. Foi uma ação de cuidado, ciência e empatia”, acrescenta Junior.

O projeto é importante para o fortalecimento da medicina veterinária voltada a animais exóticos e silvestres na UB, que também adota práticas como fisioterapia e acupuntura nos tratamentos dos animais.

“Nosso sentimento é de realização. Roberto é o primeiro, mas certamente não será o último. Nosso compromisso é sempre com o bem-estar animal, a inovação e a formação de profissionais preparados para enfrentar desafios reais da Medicina Veterinária”, afirma Bárbara Costa, reitora da Universidade Brasil.