Adolescente desapareceu em dezembro de 2023 e a ossada foi localizada em agosto do ano passado
A Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) prendeu, na tarde desta sexta-feira (15), um empresário e dois funcionários suspeitos de envolvimento na morte da adolescente Giovana Almeida, de 16 anos. O corpo da jovem foi encontrado em agosto de 2024, enterrado de forma clandestina em uma propriedade rural do empresário, no município de Nova Granada, a 127 km de Fernandópolis.
A polícia cumpriu três mandados de prisão temporária: um contra o empresário e outro contra um de seus funcionários, investigados por participação direta no homicídio. O terceiro mandado foi contra o caseiro da chácara, acusado de ajudar na ocultação do cadáver.
Durante a operação, os agentes da Deic também apreenderam uma pistola 9 mm, uma garrucha, um revólver, munições e porções de cocaína na residência e na empresa do investigado. Por conta disso, ele também foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e será investigado por ocultação de cadáver.
Segundo o delegado André Amorim, da Delegacia de Homicídios, os três foram apontados nas investigações como os principais envolvidos no crime. "Eles figuram na investigação tanto pelo homicídio quanto pela ocultação do cadáver. Todas as nossas apurações apontaram para a autoria dessas pessoas, por isso solicitei a prisão temporária", afirmou.
A defesa dos investigados contesta a versão da polícia. Carlos Sereno, advogado do trio, informou que vai solicitar a revogação das prisões, alegando ausência de provas concretas para mantê-los detidos.
Giovana estava desaparecida desde dezembro de 2023, após participar de uma festa promovida pelo empresário. O paradeiro da jovem permaneceu desconhecido por oito meses, até que uma denúncia anônima levou a polícia até o local onde o corpo foi enterrado.
Em depoimento, o empresário afirmou que a adolescente teria morrido por overdose de cocaína durante a festa. Ele disse ainda que, sem saber como proceder, decidiu enterrar o corpo com a ajuda do caseiro.
O resultado do laudo pericial que pode confirmar a causa da morte ainda não foi divulgado pela polícia. Os três suspeitos permanecerão presos por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 30.
Adolescente desapareceu em dezembro de 2023 e a ossada foi encontrada em agosto do ano passado