Imagem de Nossa Senhora de Fátima pertence a moradora de Mirassol e esteve em Fernandópolis em 2024
A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que verte mel, em um fenômeno inexplicado, que foi recebida por uma multidão na Igreja Matriz de São Pedro no Jardim do Trevo, zona norte de Fernandópolis, em julho de 2024, será investigada pela Arquidiocese de Rio Preto.
Uma comissão interna foi criada pelo arcebispo de Rio Preto, dom Antonio Emidio Vilar.
Assim como atraiu multidão quando passou por Fernandópolis, a imagem atrai católicos de várias regiões, incluindo artistas, como a cantora Elba Ramalho, que visitou a imagem em agosto do ano passado.
O fenômeno é considerado pela ciência como supranormal, algo que não possui explicação científica e que é considerado na linguagem religiosa um milagre.
Os elementos que a imagem manifesta, ao longo das últimas décadas, são lágrima, azeite, mel e sal.
A imagem pertence à Lilian Aparecida, moradora da cidade de Mirassol, que sempre foi devota de Nossa Senhora de Fátima.
A imagem original de Nossa Senhora de Fátima foi adquirida pela moradora em 1991, durante uma visita ao Santuário de Fátima, em Portugal. Dois anos depois, em 1993, a imagem teria começado a verter substâncias como mel, sal, azeite de oliva e até vinho, sem explicação aparente.
Segundo Dom Vilar, a criação da comissão segue orientações Vaticano e visa garantir transparência e responsabilidade pastoral diante de questionamentos de fiéis, teólogos e autoridades eclesiásticas. -
A comissão nomeada por dom Vilar é formada por um teólogo, um canonista, um perito, um notário e um delegado canônico.
Nas próximas semanas, os membros devem conduzir uma investigação religiosa e científica do caso. As atividades seguem critérios estabelecidos pela Santa Sé e são realizadas sob sigilo canônico.
Conforme a cúria, a comissão tem colhido amostras dos líquidos supostamente vertidos pela imagem para análise de composição. Também serão observados os atos de veneração e as orações feitas pelos fiéis, a fim de verificar se estão segundo a doutrina católica.
Apesar da investigação em andamento, dom Vilar não orientou a suspensão da devoção à imagem.