Flagrante ocorreu no final de semana após denúncia anônima; 131 galos da raça Índio foram encontrados em condições degradantes
Uma operação da Polícia Militar Ambiental resultou na aplicação de R$ 854,2 mil em multas ambientais após o flagrante de uma rinha de galos ocorrida no último sábado, 26, em uma propriedade rural conhecida como Sítio Santa Luzia, em Fernandópolis. A ação foi motivada por uma denúncia anônima.
Ao chegarem ao local, as equipes flagraram diversas pessoas fugindo pelos fundos da propriedade. Apesar da tentativa de evasão, dez indivíduos foram detidos no momento da abordagem. No local, foram encontrados 131 galos da raça Índio em condições degradantes: confinados em ambientes pequenos e escuros, como gaiolas, caixas de madeira e porta-malas de veículos, amarrados pelas pernas, sem acesso a água ou alimento. Cerca de 45 animais apresentavam ferimentos graves e alguns estavam em luta, sendo apartados pelos policiais.
Além das aves, a equipe localizou um javaporco também em situação de maus-tratos, sem abrigo, comida ou água. Diante da gravidade dos fatos, uma médica veterinária foi acionada para elaborar os laudos técnicos, e a Polícia Técnico-Científica realizou perícia no local. O javaporco, devido à situação crítica, foi abatido e encaminhado ao aterro sanitário do município.
As aves resgatadas foram encaminhadas a local apropriado para reabilitação, conforme determina a legislação ambiental.
Durante a ocorrência, os policiais apreenderam R$ 1.671,00 em espécie; dois cadernos com anotações das apostas; quatro bolsas contendo substâncias, medicamentos, seringas, esporas e outros itens utilizados nas rinhas; três rebolos e tecidos utilizados para contenção dos galos.
A ocorrência foi apresentada no Plantão Policial de Fernandópolis, que solicitou a presença da perícia técnica e registrou o caso como “prática de abuso a animais”.
Segundo a Polícia Ambiental, 24 autos de infração foram lavrados. Os organizadores identificados foram E.R.S. e M.C.L.L., ambos com diversas passagens criminais, incluindo crimes como maus-tratos a animais, tráfico de drogas, receptação, lesão corporal, estelionato, entre outros.
A preservação do local foi mantida até as 22h do domingo. 27, para garantir que nenhum animal fosse retirado irregularmente e que os veículos abandonados pudessem ser identificados. Vários participantes fugiram e deixaram seus carros e motos no local.