SP anuncia início da vigência da Tarifa Social Paulista para consumidores de Fernandópolis

Anuncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas durante evento que apresentou os resultados do primeiro ano de desestatização da Sabesp

20 de Agosto de 2025

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SP anuncia início da vigência da Tarifa Social Paulista para consumidores de Fernandópolis

O Governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira, 23, o início da vigência do programa Tarifa Social Paulista, que amplia o acesso no desconto nas contas de água e esgoto para famílias em vulnerabilidade social que vivem nos municípios atendidos pela Sabesp. É o caso dos consumidores de baixa renda moradores de Fernandópolis, onde a Sabesp opera desde 1975.

O anúncio foi feito durante evento que apresentou os resultados do primeiro ano de desestatização da companhia de abastecimento, no Auditório do Ibirapuera, na capital.

A nova tarifa já está em vigor, com validade retroativa a junho, para apoiar a população de baixa renda e ainda impulsionar a universalização do saneamento. Com a desestatização da Sabesp e a entrada em vigor do novo Programa, cerca de 748 mil novas famílias passam a contar com descontos, o equivalente a cerca de 2,2 milhões de pessoas.

O programa passou por consulta pública realizada de 20 de maio a 19 de junho e incorporou diversas contribuições. Foi também aprovado na última segunda-feira, 21, na terceira reunião ordinária do Conselho Deliberativo da URAE-1 Sudeste, instância de monitoramento que conta com representantes das cidades que integram o contrato da Sabesp. Para garantir essa ampliação, de cerca de R$1 bilhão de investimento, o programa contará com o suporte do Fundo de Apoio à Universalização (Fausp).

O programa Tarifa Social Paulista contará com três categorias. A Vulnerável garante 78% de desconto para famílias cadastradas no CadÚnico com renda per capita de até um quarto do salário mínimo. A Social I prevê 72% de desconto, 22% acima da regra federal, para famílias com renda per capita de meio salário mínimo cadastradas no CadÚnico.

“Com o projeto de desestatização a ideia é transformar e fazer do estado de São Paulo uma referência. Partimos da crença de que é possível universalizar o saneamento e pensamos nas pessoas que não recebem água tratada, na balneabilidade na Baixada Santista, nos municípios que sofrem com intermitência de abastecimento e no porquê temos mananciais tão poluídos”, destacou o governador Tarcísio de Freitas. “Tudo foi pensado para garantir saúde financeira para fazer os investimentos e para que o nosso cidadão não sofra, inclusive com a questão da tarifa. Por isso, os três recortes tarifários agora”, completou.

Também são elegíveis à Social I pessoas desempregadas que recebiam, no último emprego, o máximo de três salários-mínimos, e pessoas que moram em habitações sociais. A mesma tarifa também contempla famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo que tenham pessoa com deficiência ou pessoa idosa com 65 anos ou mais que recebem o Benefício de Prestação Continuada.

Uma nova categoria, a Social II, foi criada para moradores de núcleos urbanos informais passíveis de regularização, que contarão com 50% de desconto aplicável ao consumo de até 15 metros cúbicos, por 24 meses contados da ligação. “O objetivo é apoiar essas pessoas que vivem em núcleos informais, favelas, áreas de habitação social, a acessarem os serviços de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto de forma regular, com uma conta acessível ao fim do mês. O que queremos é garantir acesso e dignidade para essas famílias”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.

A partir do recebimento do benefício, essas pessoas também serão estimuladas a se cadastrar no CadÚnico e se enquadrar nas tarifas Vulnerável ou Social I, ampliando o percentual de desconto.