Ação apura uso de perfil falso para disseminar desinformação eleitoral, calúnias e difamações contra eleitores e candidatos durante as eleições municipais de 2024 em Urânia/SP
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a Operação QUIMERA, com o objetivo de investigar a criação e o uso de um perfil falso em redes sociais durante as eleições municipais de 2024, na cidade de Urânia - SP (região de Jales).
De acordo com as investigações, o perfil foi utilizado para disseminar fake news, promover desinformação eleitoral e praticar crimes contra a honra — como calúnia e difamação — contra eleitores, apoiadores e candidatos ligados a um grupo político local.
Após a representação da Polícia Federal junto ao Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral, foram expedidos três mandados de busca e apreensão, cumpridos em duas residências e em uma empresa relacionada aos investigados, todas localizadas em Urânia/SP.
As apurações indicam que, nas semanas que antecederam o pleito, o perfil falso publicou diversas postagens anônimas contendo desinformação, ofensas pessoais e até exposição de imagens das vítimas — entre elas, uma criança. O conteúdo motivou o registro de vários boletins de ocorrência por parte das vítimas na Delegacia de Polícia Civil local. Em razão da natureza eleitoral dos fatos, os casos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Jales/SP.
Os investigados, assim como outros que vierem a ser identificados, poderão responder por crimes contra a honra, falsidade ideológica, associação criminosa e delitos eleitorais específicos. As penas podem ultrapassar oito anos de reclusão, além de eventuais sanções eleitorais, administrativas e pecuniárias.
A Polícia Federal reforça que ações anônimas nas redes sociais não garantem impunidade. O uso de tecnologias avançadas e a expertise em investigações cibernéticas permitem a identificação dos autores, garantindo a proteção da integridade do processo democrático e a devida responsabilização criminal.
Todo o material apreendido — como documentos e dispositivos eletrônicos — será encaminhado à sede da PF em Jales/SP, onde passará por perícia técnica para extração de dados. A análise poderá confirmar a autoria dos crimes, identificar outros envolvidos e reforçar o conjunto probatório da investigação.