Justiça concluiu pela ausência de “justa causa” no prosseguimento da ação de suposto furto de celular em padaria no centro da cidade
A decisão do juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Fernandópolis Eduardo Luiz de Abreu Costa de arquivar o inquérito policial encerra um capítulo traumático na vida do ex-bancário e ex-jogador do Fefecê Paulo Tomaz de Souza, 78 anos, o Pauleta, preso e acusado de suposto furto de telefone celular em uma padaria no centro da cidade.
O juiz acompanhou a decisão do promotor de Justiça Thomas Oliver Lamster que concluiu que não estão presentes os requisitos mínimos para o prosseguimento da persecução penal, especialmente pela ausência de “justa causa”, que exige a comprovação da tipicidade e, crucialmente, da intenção criminosa (dolo).
Aliviado com a decisão da Justiça, Pauleta concedeu entrevista nesta terça-feira, 10, ao programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora FM ao lado do seu advogado Rafael Campos (veja vídeo abaixo).
Na memória, o trauma vivido na manhã de 22 de outubro de 2024. “Jamais esperava que isso fosse acontecer comigo, mas o apoio que recebi dos fernandopolenses me ajudaram a superar aquele trauma”, disse.
O advogado relatou que o arquivamento do inquérito encerra uma parte do caso. “Estamos falando do arquivamento do inquérito relativo ao suposto furto atribuído ao Pauleta, mas ainda corre outro inquérito sobre a abordagem violenta que o aposentado sofreu naquele dia”, destacou o advogado. No caso, a abordagem foi feita pelo capitão da Polícia Militar Ednei Ozorio que estava à paisana e que é esposo da proprietária da padaria a quem pertencia o celular. A ação foi filmada por populares. A Polícia Civil ainda faz investigações para concluir o inquérito da agressão.
Veja a entrevista no vídeo abaixo: