Assassino de médica é condenado a 31 anos de prisão

Julgamento durou sete horas e foi acompanhado por estudantes de medicina em Rio Preto

20 de Agosto de 2025

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Assassino de médica é condenado a 31 anos de prisão

Durou cerca de 7 horas o julgamento de Davi Izaque Martins Silva, acusado de matar a médica Thallita da Cruz Fernandes em agosto de 2023, crime que chocou a região. A médica foi morta a facadas e o corpo colocado em uma mala.

Ao final do julgamento, o réu foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão. O julgamento ocorreu ontem em Rio Preto. O conselho de sentença foi formado por seis mulheres e um homem.

A comoção gerada pelo assassinato cruel da médica recém-formada refletiu no plenário do júri. Antes mesmo do início da sessão, funcionários do Fórum de Rio Preto tiveram que distribuir senhas, dada a quantidade de pessoas que queriam assistir o júri popular. Entre elas estavam aproximadamente 130 estudantes da Famerp, que protestaram em frente ao Fórum com cartazes pelo fim da violência contra as mulheres.

Horas antes do julgamento, a defesa de Davi Izaque divulgou uma carta escrita a mão pelo réu, em que ele pede desculpas à família de Thallita pelo crime que cometeu.

Davi foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, contra mulher (feminicídio) e tentativa de ocultação de cadáver.

Para o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, responsável pela investigação do crime, Davi matou Thallita a facadas porque ela decidiu romper o relacionamento, de três anos. Após o crime, o corpo da médica foi colocado em uma mala e seria levado do apartamento onde ela morava, mas o zíper rasgou. O criminoso foi preso no dia seguinte ao feminicídio.